A decisão não agradou empresários do setor. Uma medida mais efetiva, que decrete o fechamento dos restaurantes é aguardada por eles desde a última semana. Muitos, inclusive, já interromperam atividades pensando na urgência sanitária e proteção dos clientes e colaboradores. Na manhã de sábado (21), a lista passava de 100 restaurantes fechados.
Os empresários são praticamente unânimes em pedir para que se determine o funcionamento exclusivo em delivery. “Para ficarmos abertos e funcionando teríamos de fazer uma campanha ‘saiam de casa’?”, questionou Délio Canabrava, da Cantina do Délio e CanaBenta.
Com o fechamento determinado por decreto, os empresários consideram que teriam suporte jurídico para negociar aluguéis, impostos e dívidas com fornecedores privados e de serviços públicos – o que não ocorreu até agora.
“O segundo ponto é a questão econômica. Abrir um salão de restaurante custa caro. Se não há clientes, porque também eles têm responsabilidade com a comunidade e com sua saúde, custa mais caro ficar aberto que ficar fechado. Na última quinta-feira atendemos quatro pessoas com 21 funcionários, luz, água, produtos frescos etc”, avalia Nelson Gourlart, do restaurante Ibérico e também novo presidente eleito da Abrasel-PR.
O governo do Estado afirma que está avaliando o cenário de forma constante, mas que por enquanto a recomendação é que os restaurantes podem permanecer abertos respeitando as orientações de higiene e de distância mínima entre mesas e pessoas.