MONIN instala fábrica no Brasil e lança primeira linha destinada ao consumidor final

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Por um bom tempo, os xaropes da francesa MONIN foram os “ingredientes secretos” de bartenders, mixologistas, chefs e baristas brasileiros, que encontraram nas soluções aromáticas da marca uma maneira de personalizar ainda mais suas criações autorais. Aos poucos, esse segredo foi se espalhando entre cada vez mais bares e restaurantes, até chegar às prateleiras dos supermercados gourmet e, consequentemente, à casa dos consumidores.

Essa evolução da MONIN no mercado brasileiro – de importações esporádicas à abertura de um escritório comercial, em 2017 –, agora chega a sua etapa mais definitiva: a instalação de uma fábrica no país. Com investimentos estimados em R$ 350 milhões, as obras tiveram início no mês de junho, em um terreno próprio de 132 mil m², em Itu, São Paulo, e a nova unidade deve iniciar suas operações no terceiro trimestre de 2024.

Primeira fábrica da MONIN na América Latina, a unidade brasileira faz parte de um plano de desenvolvimento internacional da marca, fundada em 1912 e hoje presente em mais de 155 países, com outras sete fábricas espalhadas pelo mundo. A possibilidade de expandir as vendas para países vizinhos e o potencial de consumo dos brasileiros foram fatores decisivos para o investimento no país. “O brasileiro gosta de inovar, gosta de receber, o fator hospitalidade aqui é muito importante e esse é um dos valores fundamentais dentro da nossa empresa. Por isso, o consumidor brasileiro é perfeitamente adaptado ao espírito e ao momento de consumo que a gente promove”, explica Alexandre Boyer, diretor geral da MONIN no Brasil.

Coquetelaria em casa

Para se aproximar ainda mais do público brasileiro e aumentar a presença no mercado B2C, a empresa francesa acaba de lançar sua primeira marca de xaropes dedicada ao consumidor final, a MONIN Expérience. Desenvolvidos com o objetivo de oferecer uma experiência única aos consumidores em suas casas e permitir inovações desde o café da manhã do dia a dia quanto em ocasiões especiais, os xaropes foram pensados para entusiastas da coquetelaria. “A nossa estratégia é oferecer às pessoas a vontade, a oportunidade e a experiência de provar coisas novas, agora também em casa. Todo nosso trabalho é vencer hábitos de consumo e oferecer essa possibilidade diferente para as pessoas”, conta Boyer .

Divididos em quatro linhas – Cocktail (sabores Pina Colada, Laranja Spritz, Mojito e Açúcar de Cana), Floral (sabores Violeta, Rosas e Flor de Sabugueiro), Confisserie (sabores Doce de Morango, Pipoca e Chiclete) e Barista (sabores Avelã, Baunilha e Caramelo) –, os xaropes da MONIN Expérience estarão disponíveis para venda nos supermercados (R$ 32,90, em média) e podem ser aplicados em coquetéis alcoólicos e não alcoólicos, cafés, e até mesmo em receitas culinárias. “São produtos inovadores, que oferecem uma versatilidade enorme para coquetéis clássicos, drinks autorais e também sem álcool, considerando que a coquetelaria desalcoolizada vem crescendo muito. Estamos bem empolgados por poder entrar na casa do consumidor e contar essa história”, diz Juliana Fera, gerente de marketing da MONIN no Brasil.

Com um portfólio atualmente composto por 120 produtos, a MONIN pretende produzir o máximo possível deles na fábrica brasileira. “A complexidade industrial não está na elaboração dos produtos, está no mix, porque estamos falando de 120 produtos multiplicados por quatro, às vezes cinco formatos diferentes”, explica o diretor geral. Boyer, que também é Engenheiro Agrônomo, garante que a enorme disponibilidade de matéria-prima local vai dar origem a novos produtos tipicamente brasileiros, a exemplo do purê de jabuticaba, da linha Le Fruit. Sem dar certeza quanto aos possíveis novos sabores da MONIN, ele apenas adianta: “Adoro sapoti!”

Pensando nisso, a nova fábrica conta com um espaço dedicado a hortas, pomares e estudos na área. O projeto também reforça o compromisso da marca com a sustentabilidade, ao adotar práticas modernas de construção e cuidado com o meio ambiente – uma área de aproximadamente 30 mil m² será preservada como reserva ambiental e o local também terá uma área de convivência, com o objetivo de desenvolver e capacitar a comunidade local.

“Poderíamos ter escolhido um condomínio industrial, como muita gente faz, mas a nossa ideia é ter uma interação com o ambiente e as pessoas. A gente considera que o papel de uma empresa é ir além do valor econômico e também promover valores que acreditamos serem bons para as pessoas. Sabemos que não vamos mudar o mundo, mas o que pudermos fazer pelo nosso entorno, nós fazemos com o maior prazer”, finaliza.