Bom Gourmet
No Mercado Municipal de Curitiba movimento despenca e preços disparam
No Mercado Municipal de Curitiba, o cenário deste sábado foi diferente do normal: o movimento de pessoas circulando (e comprando) reduziu pela metade, segundo comerciantes entrevistados pela reportagem. Os preços de alguns insumos também subiram e alguns produtos já faltavam nas prateleiras por conta do abastecimento prejudicado pela greve dos caminhoneiros.
Segundo o comerciante Rui Barbosa da Silva, as vendas de frutas e legumes caíram 50% nos últimos dois dias. Em contrapartida, o preço de tudo subiu, no mínimo, 30%. O saco de batata inglesa, que costuma ser vendido a R$ 180 no Ceasa, foi comprado hoje por R$ 380.
O impacto foi diretamente no preço final: se antes o quilo do legume saía por R$ 3, hoje está custando até R$ 7, dependendo da barraca. A preocupação é com o estoque, que está em baixa. “Se continuar desse jeito, segunda-feira não vai ter nada aqui. Vai ser complicado”, desabafa.
Gervasio Nishino, dono de um box no Mercado Municipal há 40 anos, é otimista. O comerciante, que já passou por outras crises de abastecimento, acredita que não adianta subir os preços dos alimentos. Mesmo tendo pouco mais de dois quilos de tomate em seu estande (ele esperava receber um carregamento de 70 caixas ontem), ele manteve o valor da fruta. “Não adianta se estressar, ninguém vai morrer por ficar uma semana sem comer batata ou tomate”.
O analista de sistemas César Butym, 61, é cliente assíduo do mercado e hoje notou a diferença tanto nos preços quanto na movimentação do mercado. Mesmo assim, saiu de sacolas cheias. “Tudo teve uma alta, mas nós entendemos e respeitamos os motivos. Não acho que precisa estocar alimentos, isso só causa transtorno e desperdício.”
Já para a comerciante Katia Mara Mendes dos Santos, o momento é de tensão. “Estou preocupada porque não sei até quando vai durar isso. As vendas diminuíram.
Não deu para comprar abacaxi, nem banana”, conta.
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