Produtos & Ingredientes
Anvisa proíbe venda de azeites e manda recolher pimenta com pelo de rato
Antes de comprar o azeite e a pimenta-do-reino para as festas de fim de ano, preste atenção nesta notícia. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu lotes de produtos que apresentaram resultados insatisfatórios em laudos de análise fiscal. A pimenta-do-reino em pó preta da marca Brusto e alguns azeites de oliva da marca Lisboa foram proibidos pela Anvisa.
Após passar por análise fiscal, a pimenta-do-reino em pó apresentou pelos de roedor, além de fragmentos de insetos. A Distribuidora de Produtos Brusto Ltda, responsável pelo condimento, terá que recolher o estoque existente no mercado dos lotes com data de fabricação de julho de 2016.
A Distribuidora de Produtos Brusto Ltda. encaminhou nota ao Bom Gourmet em que informa que os produtos foram retirados de circulação antes da medida ser anunciada pela Anvisa. A empresa informa que recebe a pimenta-do-reino preta já moída e que faz o fracionamento em sua sede, em São Miguel do Oeste (Santa Catarina) e que está em dia com a Vigilância Sanitária das esferas municipal e estadual, bem como com a periodicidade de desratização e desinsetização.
Azeites
Os azeites de oliva extravirgem das marcas Torre de Quintela, Malangueza e Olivenza, fabricados pela Olivenza Indústria de Alimentos Ltda., foram proibidos por apresentar índices de refração e iodo acima do recomendado, o que descaracteriza os produtos como azeites puros.
Em dezembro, a Proteste já tinha encontrado fraude em marcas de azeite de oliva, entre elas as proibidas agora pela Anvisa.
Confira os lotes proibidos produzidos pela Olivenza:
Azeite de Oliva Extra Virgem – Torre de Quintela – lotes 0817H16, com data de fabricação em 08/2016 e validade em 08/2019, e lote 15K11, com data de fabricação em 11/11/2016 e validade em 11/11/2019.
Azeite de Oliva Extra Virgem – Olivenza – lote 1706F16, com data de fabricação em 06/2016 e validade em 06/2019; lote 0821K16, com data de fabricação em 21/11/2016 e validade em 21/11/2019; e lote 1520A17, com fabricação em 20/01/2017 e validade em 20/01/2020;
Azeite de Oliva Extra Virgem – Malaguenza, lote 1623F , fabricação em 23/06/2016 e validade em 23/06/2019, e lote 1617E16, com fabricação em 05/2017 e validade em 05/2019.
A Olivenza Indústria de Alimentos Ltda. encaminhou por e-mail uma nota de esclarecimento ao Bom Gourmet em que a empresa alega ter sido “cerceada da contraprova, uma vez que no momento da abertura dos produtos para o ensaio estava rompida e violada a amostra, impossibilitando a perícia”. A empresa não informou de onde obteve a informação de que a amostra estava violada. A nota traz, ainda, a afirmação de que considera-se “isenta de qualquer irregularidade não resolvida” e que considera as alegações injustas.
Outra empresa fabricante de azeite de oliva também teve produto vetado pela Anvisa devido a de irregularidades. A Natural Óleos Vegetais e Alimentos Ltda. terá de remover o estoque existente no mercado do azeite de oliva extravirgem, da marca Lisboa, lote 26454-361 (válido até 23/05/2019).
O produto apresentou, segundo laudo de análise fiscal, perfil de ácidos graxos, determinação de ácidos graxos monoinsaturados, determinação de ácidos graxos poli-insaturados e pesquisas de matérias estranhas acima das faixas recomendadas.
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