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Votação do projeto que cria polo gastronômico do Alto Juvevê é adiada
A votação do projeto de lei que cria o polo gastronômico Alto Juvevê, que estava marcada para essa segunda (15) na Câmara Municipal de Curitiba, foi adiada e deve voltar à ordem do dia em meados de junho. O projeto de lei foi retirado pelo próprio proponente, o vereador Bruno Pessuti (PSD).
O pedido de adiamento foi do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), que quer rever a área apresentada na proposta. A ideia é diminuir a área abrangida para poder prever o impacto nos bairros, que mesclam habitação e comércio.
O projeto de lei delimita uma área de 49,1 hectare, entre as ruas entre a Rua Rocha Pombo até a Rua Bom Jesus, entre a Av. João Gualberto e Rua José de Alencar, além de cinco quadras das ruas Munhoz da Rocha, Recife e Professor Arthur Loyola (da Rua Bom Jesus até a Rua João Américo de Oliveira. “A região pode sofrer uma invasão com muitos bares e restaurantes e prejudicar o bairro como um todo. Por isso queremos um prazo maior, para estudar a área, reduzir se preciso”, disse o vereador durante a sessão. Outro projeto de lei que está sendo revisado pelo IPPUC é o que institui um polo gastronômico no Água Verde.
Além de estabelecer uma prioridade na manutenção estética, aumentar o número de eventos e privilegiar os estabelecimentos do bairro, a instituição de um polo gastronômico Alto Juvevê facilitaria a emissão de alvarás e a criação de diretrizes para os novos estabelecimentos, diz o vereador. “Acreditamos que os bares e restaurantes da região da Itupava possam ser incluídos na programação turística da cidade”, avalia Pessuti.
A região desenhada pelo projeto de lei para o polo gastronômico Alto Juvevê tem cerca de 60 estabelecimentos, entre restaurantes para almoço e jantar, lanchonetes, padarias e confeitarias e, segundo Maurício Marques, organizador da feira Alto Juvevê, a cada quatro meses um novo estabelecimento abre na região. “Através da lei tem-se uma parceria mais próxima entre poder público e restaurantes para podermos melhorar a ocupação urbana”, avalia Pessuti.
Similar à lei sancionada em dezembro de 2016, que institui um polo gastronômico na Rua Itupava, a proposta do polo gastronômico Alto Juvevê facilitará a pressão dos comerciantes da região para melhorias em iluminação, segurança e calçamento. “Estou em contato direto com a assessoria do vereador e com os proprietários de restaurante da região. A maior reclamação é sobre segurança. Queremos que até setembro a lei esteja valendo, para podermos pleitear as melhorias”, afirma Marques. Os comerciantes da região não têm, por ora, uma associação, sendo Marques quem faz a intermediação. “Vamos criar uma associação assim que a lei passar”, afirma.
A feira Alto Juvevê entrou para o calendário oficial de Curitiba em 2013, sendo realizada a cada três meses para divulgar as opções gastronômicas da região. Entre 17 e 21 de maio, o evento terá uma edição especial em meio à primeira Virada Gastronômica, também organizada por Maurício Marques.