Chef do restaurante Koré compartilha dicas e receita exclusiva de queijadinha

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A textura do coco ralado se mistura ao queijo em uma massa úmida e de sabor inconfundível. A queijadinha, receita típica brasileira, teve sua origem nas terras portuguesas com o queijo em destaque, mas foi na chegada ao Brasil que ganhou uma adaptação. Nas muitas versões do mesmo prato ao longo dos séculos, a receita se moldou ao espaço. Pela fartura do açúcar e do coco, o clássico português se tornou a famosa queijadinha, em uma releitura voltada ao paladar brasileiro.

O contraste entre o açúcar e o queijo é, para muitos, o segredo desse sucesso. Para o chef Jaime Spazzini, responsável pela criação do menu e do conceito gastronômico do Restaurante Koré, no Hotel Qoya, em Curitiba, a escolha dos ingredientes é a parte principal da receita. “O queijo traz o contraste ao prato, pois o sal realça o doce. No restaurante, usamos o Capa Preta Uruguaio, pois tem pouca gordura e se mistura à massa, permitindo que ela tenha um crescimento melhor no forno”, explica.

Outros tipos de queijo também podem ser utilizados no preparo, como o parmesão, que é mais comum e facilmente encontrado em mercados, e o Serra da Canastra, que foi testado e aprovado em versão feita por Spazzini. No entanto, a escolha requer atenção aos detalhes: “os queijos vendidos já ralados contém também partes das cascas dos queijos, que são mais consistentes e mais concentradas em sal”. Por isso, para obter sabores equilibrados e textura macia desejada, o segredo é colocar a mão na massa e ralar o queijo na hora.

Apesar da simplicidade, a queijadinha é dos preparos mais elogiados e procurados pelos hóspedes do Qoya. A receita faz parte do menu de café da manhã do restaurante, que tem um cardápio focado na regionalidade e no respeito à sazonalidade dos ingredientes.

Queijadinha