Pessoas
Um argentino apaixonado pelas castanhas brasileiras
O chef Guido Tassi é responsável pelo restaurante Restó, que fica na Sociedade Central dos Arquitetos na Recoleta, em Buenos Aires. Segundo ele, uma casa pequena, mas que trabalha com matérias-primas de boa qualidade. Uma delas são nossas castanhas de caju, que também entraram no prato que ele apresentou no Gastronomix (feira gastronômica vinculada ao Festival de Curitiba realizada no último fim de semana): frango orgânico assado na brasa com manteiga de tomilho e limão brasileiro, creme de abóbora e castanhas de caju doces. Apesar de não falar português, ele usou da linguagem universal da gastronomia para comentar sobre as cozinhas brasileira e argentina.
Por que fazer um frango assado?
A ideia inicial era assá-lo como na parrilla, mas não deu certo e usamos a churrasqueira. Ele é temperado com tomilho limão, limão brasileiro e sal marinho da Patagônia.
Eu vi o açúcar mascavo na bancada. No que ele foi usado (ele distribuiu os ingredientes que usou no prato sobre a sua bancada para melhor identificação por parte dos visitantes)?
Usamos junto com a abóbora. As castanhas de caju também são doces. Eu também uso em Buenos Aires.
As castanhas? Em que prato?
Fazemos um purê com maçãs verdes que acompanham uma codorna recheada com espinafre e castanhas.
Do que você mais gostou aqui (ele visitou o Mercado Municipal)?
Das frutas. De manga. Dos cítricos. E da pimenta malagueta.
Pretende levar algum deles para sua cozinha?
As frutas e o limão.
E na sua opinião, o que os chefs brasileiros poderiam usar da culinária argentina além da carne, claro?
As frutas de clima frio, como a pera e a maçã.