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O Bom Gourmet convidou um dos melhores chefs de Curitiba para um delicioso e desafiador passeio pelo Mercado Municipal de Curitiba. Paulino da Costa, comandante do Dop Cucina, tinha uma missão, a mesma que muitos enfrentam no dia a dia: tornar simples pratos do cotidiano – como arroz, carnes, massas e a batatas sauté –mais saborosos, mas sem transformá-los em vedetes da alta gastronomia.

Assim que chegou à Meca dos amantes da boa cozinha, Paulino apontou a solução: apelar para as ervas frescas. “Hoje, a acessibilidade a estes ingredientes é muito fácil. É possível encontrar produtos de qualidade, frescos e com um preço bem acessível [os maços custam entre R$ 2 e R$ 6]. E o resultado é fantástico”, justificou o chef.

Definido o foco, o próximo passo era determinar qual erva era mais indicada para cada preparo, cujo sabor complementasse o prato sem mascarar as características do ingrediente principal. O resultado é o que você vê a seguir: sugestões simples, porém vali­­­­o­sas. E o mais importante é que qualquer um pode dar este toque ao básico do dia a dia. Que tal experimentar?

Sálvia

Massas com molhos à base de manteiga – Apele para a perfumada e imponente sálvia. A primeira dica do chef Paulino é usá-la na finalização do prato, bastando para isso picar as folhas ou acrescentá-las inteiras à pasta. Outra sugestão é aromatizar a própria manteiga com a erva, potencializando seu sabor.

Alfavaca

Arroz branco – Muito confundida com o manjericão, a alfavaca tem folhas maiores e um sabor mais acentuado. E vai muito bem com o arroz branco. “Basta colocar as folhas, inteiras ou picadas, no fim da preparação. Isso evita que se perca sabor durante o cozimento, além de dar um toque na apresentação”, diz Paulino.

Manjericão

Massas com molho à base de tomate – A preferida do chef Paulino, a erva faz muito mais do que emprestar seu delicioso perfume ao prato. Ela é capaz de transformar a macarronada de domingo em um delicioso prato de aroma mediterrâneo. A dica é usar o manjericão – seja o anão ou o roxo – inteiro e colocá-lo apenas na finalização, para que não murche ou perca o sabor.

Coentro

Batata sauté – Para o chef, não há meio termo: o coentro é capaz de encantar ou de frustrar, depende do paladar de quem prova. Para quem gosta desta erva perfumada e de sabor bem característico, porém, o sucesso é garantido na batata sauté, que tem um sabor neutro e permite a ousadia. “Pode-se picar ou macerar, usando na finalização”, diz.

Alecrim

Carnes vermelhas – De sabor e perfume acentuados, o alecrim é perfeito para acompanhar as carnes vermelhas e deixá-las com uma personalidade marcante. “Basta desfolhar e acrescentar ao preparo. Assim o seu perfume é liberado e o sabor vai se incorporando à gordura da própria carne”, ensina Paulino.

Tomilho

Frango – O tomilho é ideal para este tipo de carne. Isso porque a erva dá o seu perfume sem roubar a atenção. Use antes do preparo, enquanto a carne estiver marinando ou até na finaliza­ção.” É só tirar as folhinhas e salpicar”, diz o chef, que dá a dica para quem a confunde com o orégano. “As folhas do tomilho são mais pontu­dinhas e, a do orégano, mais arredondadas.”

Erva-doce

Peixe – Também conhecida como funcho ou dil, a erva-doce casa bem com os peixes gordu­rosos, como atum e salmão. Para temperar, usam-se as folhas. O bulbo pode ser aproveita­do para guarnição. Por seu sabor suave, foi eleita pelo chef a erva curinga. “Vai bem com outras opções. Também pode ser combinada com outras ervas.”

 

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