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Nada de castanholas, vestidos de babados ou imagens de touradas pregadas nas paredes. O vermelho, amarelo e branco da bandeira espanhola só aparecem na logomarca do Santillana del Mar. A casa é espanhola – com certeza –, mas escapa aos tradicionalismos para oferecer a contemporaneidade: ou você pensaria encontrar num restaurante no estilo tradicional uma biblioteca cheia de lançamentos literários para fuçar? No Santillana tem. E isso graças ao anexo com a Editora Moderna, pertencente ao grupo espanhol Prisa, responsável pela direção de empresas como o jornal El País e a Universidade de Salamanca.

Ou seja, você pode tomar seu café e ler as notícias do dia em espanhol num dos três ambientes da casa – a cafeteria espanhola, o mezanino que faz às vezes de lounge bar e a área externa com cascata e aquecedores para os dias frios.

O cardápio, por sua vez, também tem a proposta de modernizar alguns clássicos gastronômicos. Seja na troca de ingredientes ou tornando mais prática a forma de servir, como é o caso do popularíssimo (na Espanha) butifarra com monguitas, consumido como pipoca nos estádios de futebol das bandas de lá. “No original dos estádios, um papel desses de pacote de pão recebe duas lingüiças e uma generosa camada de feijão branco cremoso. Aqui no restaurante, servimos a lingüiça de pernil em uma chapa quente, com o feijão e o pantomaca (pão feito com molho de tomate), que acompanha boa parte das refeições espanholas”, diz o proprietário do Santillana Del Mar, Diego Fortun. O prato para duas pessoas custa R$ 20.

Não faltam ainda as tradicionais paellas. Só que além da valenciana (que leva frutos do mar, carnes de frango e porco e custa R$ 28 por pessoa), há ainda a de bacalhau (a R$ 25 por pessoa) e a paella negra, uma receita que leva apenas frutos do mar e tinta de lula, que confere a tonalidade exótica para o prato (R$ 28 a porção individual). Melhor ainda se consumidas com uma Cava – o equivalente espanhol da champanhe.

Na seção dos “postres” (as sobremesas do cardápio) o conceito de “fusion cuisine” se revela, por exemplo, no quase oriental tempurá de banana com creme de nutella servido quente. Ou ainda nos minichurros em três versões: sorvete de café com crocante; sorvete de canela, banana grelhada e calda de cassis; ou sorvete de chocolate com calda de vinho jerez. Todas elas, em porções individuais, por R$ 8. Para acompanhar vale uma sangria (uma jarra com um litro de vinho serve duas pessoas e custa R$ 25) ou um dos “chupitos”, que são drinques com ingredientes variados e nomes divertidos. Aos sábados, no almoço, é servido um buffet com pratos do cardápio a R$ 28 por pessoa.

A idéia, segundo Fortun, é que o cardápio da casa troque a cada temporada e, de preferência, seja elaborado depois de viagens semestrais do proprietário e do chef Duda Bueno para a Espanha. “A idéia é buscar as referências de lá e fazer um trabalho com uma personalidade local”, diz. Uma das preocupações da equipe é reduzir o teor de gordura das receitas tradicionais: “Na Espanha, normalmente, os pratos são feitos com muito azeite, muita gordura. em parte, resolvemos isso adotando o cozimento feito em fornos combinados – que alia o funcionamento do forno convencional a uma sonda que realiza o cozimento interno dos alimentos sem ressecá-los”. O cardápio de inverno foi lançado há duas semanas aproveitando a ocasião em que o restaurante incorporou ao nome o sufixo “del Mar”, em referência à cidade Santillana del Mar, na Cantábria.

Serviço: Santillana del Mar – Restaurante – Café – Lounge. Av. República Argentina, 1649, Água Verde, fone (41) 3308-7004. De segunda a sexta das 18 às 2h, Sábados das 12 às 3h. Capacidade para 190 pessoas, estacionamento próprio gratuito e aceita os cartões de crédito Visa Mastercard e Dinners, e também Rede Shop.

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