O filho do presidente Lula (PT), Luís Cláudio Lula da Silva, não foi indiciado no inquérito concluído nesta semana pela Polícia Civil que o investigava por suspeita de violência doméstica contra a ex-companheira, Natália Schincariol.
A autoridade encerrou a investigação sem indiciamento, indicando que não foram atribuídos crimes a ele, segundo apuração da Folha de São Paulo publicada nesta quinta (18). A Gazeta do Povo entrou em contato com a Polícia Civil, que confirmou a conclusão do inquérito, mas não deu detalhes por conta do sigilo imposto aos autos.
O Ministério Público de São Paulo, ao qual o caso será enviado, disse à reportagem que ainda não o recebeu. Luís Cláudio e Natália Schincariol não se pronunciaram.
De acordo com a apuração, não foram constatadas lesões corporais em Natália, já que não foram realizados exames de corpo de delito, e a alegada violência psicológica não ficou claramente configurada pela polícia. Os responsáveis pelo inquérito determinaram que não existem provas suficientes para um indiciamento.
O relatório foi enviado ao Ministério Público de São Paulo, que decidirá os próximos passos. A promotoria pode optar pelo arquivamento do inquérito, solicitar novas diligências para esclarecer eventuais dúvidas ou, caso considere as provas suficientes, denunciar o filho do presidente.
Natália registrou um boletim de ocorrência em abril deste ano relatando um caso de violência doméstica. Uma medida protetiva foi expedida a seu favor naquele mês.
No boletim, feito pela delegacia eletrônica, Natália relatou que em janeiro recebeu uma cotovelada na barriga durante uma briga. Ela também mencionou temer pela saúde mental devido a constantes ataques verbais, tendo sido hospitalizada com crises de ansiedade após supostamente receber ameaças e ofensas de Luis Claudio.
Ela ainda afirmou não ter registrado boletins anteriormente devido a ameaças e manipulações que a desestimularam. Em depoimento na Delegacia da Mulher, tanto ela quanto Luis Claudio descreveram a cotovelada como acidental, ocorrida durante uma disputa pelo celular, e que não resultou em marcas visíveis. A polícia, sem exame de corpo de delito e devido ao tempo decorrido, não conseguiu configurar a lesão corporal.
Luis Claudio negou qualquer tipo de violência contra a ex-companheira, tanto em depoimento à polícia quanto publicamente, afirmando ao UOL que “jamais agrediria” Natália.
“Desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela. Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz. Vou provar minha inocência”, afirmou na época.
O site Metrópoles chegou a apurar que a Justiça negou um pedido de Luis Claudio para que Natália fosse impedida de citá-lo publicamente. A acusação contra o filho de Lula foi usada por adversários políticos do presidente, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada federal Rosangela Moro (União-SP), que questionaram o silêncio de Lula e seus aliados.
Natália relatou ter sido alvo de ataques nas redes sociais, e defendeu nas redes sociais afirmando ser uma mulher que “tem muito a falar e ninguém mais vai me conter”. “Médica, psicanalista, estudante de psiquiatria. Empresária, dona do próprio instituto de saúde mental”, completou.
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