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Kendrick Lamar. | Miguel NIcolau/Especial para a Gazeta do Povo
Kendrick Lamar.| Foto: Miguel NIcolau/Especial para a Gazeta do Povo

Definir o ano em discos, filmes, livros e séries é sempre uma tarefa difícil. Escolhas implicam em perdas: pinçar um título é deixar dezenas de outros de fora.

Selecionamos três discos, dois livros (um de ficção e um de não ficção), uma série de tevê (adivinhe) e quatro filmes.

O ano não se resume a eles, mas esses dez itens foram notáveis. 

Uns pela capacidade de soar novos (como Kendrick Lamar), outros pelo dom de soar antigos (como Leon Bridges). Um ainda por soar polemicamente colombiano (caso de Wagner Moura em “Narcos”, a série produzida pela Netflix).

E quais foram os destaques do ano para você? Deixe seu comentário...

1. Leon Bridges

Fotos: Divulgação

O cantor e compositor texano Leon Brigdes lançou seu primeiro álbum em 2015, aos 26 anos. Em “Coming Home”, o artista vai além do resgate da soul music clássica dos aos 1960 (o chamado “retro-soul”) com letras autênticas e vocais marcantes (ouça “Lisa Sawyer”, “River” e a faixa-título).

Embora soe familiar, com uma sonoridade fiel a antigas gravações do estilo em faixas como “Better Man” e “Smooth Sailin”, o resultado é um soul atual.

Além de Bridges, outro destaque na black music foi a volta de D’Angelo, que lançou “Black Messiah” no finzinho do ano passado, depois de 14 anos problemáticos. Dois sujeitos que se destacaram neste ano.

*

2. Sufjan Stevens

Conhecido por suas melodias inspiradas e construções musicais sofisticadas, o norte-americano Sufjan Stevens (nome importante do folk) lançou “Carrie & Lowell” , um disco inteiramente dedicado às memórias dolorosas da relação dele com a mãe, morta em 2012.

3. “Stoner”

Publicado pela primeira vez há 50 anos e redescoberto em 2015, o romance do escritor americano John Williams conta de maneira fascinante a vida de um professor universitário que não realiza nada de excepcional ao longo de 60 e tantos anos, provando que uma existência extraordinária depende de como você olha para ela.

4. “A Noite do Meu Bem”

O samba-canção e o rico contexto social e histórico que envolveu seu nascimento são matérias de “A Noite do Meu Bem”, de Ruy Castro. O autor destrincha a vida noturna de Copacabana, seus personagens e as canções que fizeram sucesso entre os anos 40 e 60.

5. “Narcos”

Wagner Moura deu o que falar no papel de Pablo Escobar (1949-1993), biografado pela série “Narcos”, da Netflix. Dirigida por José Padilha (“Tropa de Elite”), a produção retrata a ascensão do Cartel de Medellín, na Colômbia, nas décadas de 1970 e 1980, misturando material documental e uma história extraordinária.

6. “Dheepan”

O filme do francês Jacques Audiard venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2015 com uma história sobre a vida dura de três imigrantes cingaleses na França – que começa contemplativa, mas termina em uma explosão de violência típica de um filme americano.

7. “Que Horas Ela Volta?”

Filme de Anna Muylaert é o melhor de uma leva recente de produções brasileiras sobre relações entre classes diferentes. Com atuações memoráveis e capacidade de traduzir o momento atual, ele é a produção nacional mais importante em 20 anos.

8. Kendrick Lamar

Estrela incomum do hip-hop, o americano Kendrick Lamar fala e multidões escutam. “To Pimp a Butterfly” impressiona pelo aspecto musical, que mistura rap com elementos do soul e do jazz.

9. “Chatô”

Depois de 20 anos de filmagens marcados por problemas e acusações de mau uso de dinheiro público, Guilherme Fontes entregou uma obra única ao finalmente lançar “Chatô, o Rei do Brasil”. A narrativa conversa com o Cinema Novo, com as chanchadas e com a produção contemporânea.

10. “Mad Max”

De volta à cinessérie três décadas depois, George Miller dirigiu um novo “Mad Max” de tirar o fôlego. A sequência que estreou em maio, “A Estrada da Fúria”, repetiu alguns clichês e exageros do gênero, mas não decepcionou os fãs da série – é considerada um dos primeiros clássicos do cinema de ação.

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