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Sophie Calle (foto 1), Grégoire Bouillier (foto 2)  e Catherine Millet (foto 3): artista plástica, escritor e crítica de arte nas fronteiras entre fato e ficção | Arnaud Février/Divulgação
Sophie Calle (foto 1), Grégoire Bouillier (foto 2) e Catherine Millet (foto 3): artista plástica, escritor e crítica de arte nas fronteiras entre fato e ficção| Foto: Arnaud Février/Divulgação

Evento trata da atualidade e da influência de Bandeira

Além da conferência de abertura, a ser ministrada por Davi Arrigucci Jr., a Flip programou duas mesas em homenagem a Manuel Bandeira.

A primeira, Evocação de um Poeta, acontece na sexta-feira e reúne nomes graúdos da poesia brasileira: Heitor Ferraz, Eucanaã Ferraz e Angélica Freitas conversam com a mediação de Paulo Henriques Britto. Eles devem tratar da influência exercida por Bandeira sobre as gerações sucessoras e da atualidade de sua obra.

A segunda será no domingo e coloca no palco dois profissionais que conviveram com Bandeira – o professor Edson Nery da Fonseca e o jornalista Zuenir Ventura. O mote é a memória afetiva de cada um. Fonseca teve oportunidade de se relacionar com o poeta no Rio de Janeiro e em Pernambuco, enquanto Ventura foi seu aluno. A mediação será de Humberto Werneck, escritor definido como "bandeiriano de primeira linha".

Durante a Flip, a Cosac Naify lança Crônicas Inéditas 2 e Apresentação da Poesia Brasileira, além de publicar a tradução que Bandeira fez para Macbeth, de Shakespeare. Já a Nova Aguilar edita as suas obras completas. (IN)

  • Sophie Calle (foto 1), Grégoire Bouillier (foto 2) e Catherine Millet (foto 3): artista plástica, escritor e crítica de arte nas fronteiras entre fato e ficção
  • Sophie Calle (foto 1), Grégoire Bouillier (foto 2) e Catherine Millet (foto 3): artista plástica, escritor e crítica de arte nas fronteiras entre fato e ficção
  • O poeta Manuel Bandeira

Davi Arrigucci Jr. abre a 7ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) hoje à noite com uma conferência sobre Manuel Bandeira (1886-1968), o autor homenageado deste ano. Além da fala do crítico, que estudou a obra do poeta pernambucano em livros como Humildade, Paixão e Morte (Companhia das Letras), vários eventos debatem o legado do autor de A Cinza das Horas.

A partir de amanhã, 33 personalidades participam de 19 mesas. Além da ênfase na não-ficção, evidente na lista de convidados – que inclui jornalistas (entre eles, Gay Talese), geneticista (Richard Dawkins) e historiador (Simon Schama) –, o evento literário mais importante do Brasil, realizado na cidade histórica de Paraty (RJ) até o próximo domingo, conta com a presença de escritores premiados e de vários autores franceses.

A irlandesa Anne Enright, vencedora do Man Booker Prize por O Encontro, um romance extraordinário a respeito das tragédias grandes e pequenas que embalam a história de uma família, conversa com James Salter (Última Noite e Outros Contos), justamente, sobre o tema Segredos de Família.

Um dos destaques da programação é o português António Lobo Antunes, que volta ao país depois de décadas e fala sobre a importância de escrever. Com vários títulos editados pela Alfaguara/Objetiva, Lobo Antunes não se incomoda com polêmicas e assume a antipatia pelo conterrâneo José Saramago, vencedor do Nobel em 1998.

L’amour

Em parte pela influência do Ano da França no Brasil, que apoia a publicação de livros entre outras coisas, a Flip terá três mesas com autores vindos do país de Balzac e Flaubert que exploram os limites entre fato e ficção, criando textos em que a arte imita a vida.

A crítica de arte Catherine Millet vendeu centenas de milhares de livros em vários países do mundo quando se dispôs a narrar – com a frieza de um boletim de ocorrência – sua vasta experiência sexual. Ela perdeu as contas do número de parceiros que teve (isso, numa única noite) em A Vida Sexual de Catherine M.. No livro novo, A Outra Vida de Catherine M. (Agir), ela se propõe a analisar os ciúmes que sentiu quando descobriu que o seu marido também vivia aventuras com outras mulheres. Na Flip, ela conversa com a psicanalista Maria Rita Kehl sobre as razões do amor (ou a falta delas).

A mesa Entre Quatro Paredes marca um reencontro. O escritor Grégoire Bouillier e a artista plástica Sophie Calle viveram juntos por sete anos até que ele rompeu com ela, escrevendo uma carta em que terminava com algo na linha de "Cuide-se", só que dito de modo mais formal (Prenez soin de vous).

Para lidar com o rompimento, Sophie pegou a carta do ex e a apresentou para 107 mulheres de áreas diversas, pedindo que cada uma interpretasse o que ele quis dizer com "Cuide-se". O resultado virou exposição e livro.

Do seu lado, Bouillier, em O Convidado Surpresa (a sair pela Cosac Naify), escreve sobre a noite em que conheceu Sophie Calle.

Serviço

Acompanhe a cobertura da 7ª Flip no blog Livros, da Gazeta do Povo Online – http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/blog/livros/

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