
Resgatar a criança interior. Essa é a missão do diretor Maurício Vogue na nova montagem da Cia. Regina Vogue. Trata-se de As Aventuras de Pinóquio, adaptação teatral do clássico italiano escrito por Carlo Collodi e publicado originalmente em 1883 (veja o serviço completo da peça no Guia Gazeta do Povo). A peça de uma hora de duração que estreia neste sábado, às 16 horas, no Teatro Regina Vogue, traz a tradicional fábula do garoto feito de madeira cujo nariz cresce cada vez que conta uma mentira, mas faz pequenos ajustes em sua trama. "São alguns elementos que inserimos para discutir questões importantes para a educação da criança, como a convivência com as outras pessoas, o poder de nossas escolhas e as consequências que elas trazem no futuro", explica o diretor.
Com texto de Rafael Camargo, a peça conta com um cenário inusitado: um ônibus cujo interior se transforma ao longo da montagem nos vários cenários da peça da carpintaria de Gepeto ao interior de uma baleia. "Em termos estéticos, a peça traz uma modernidade nessa transformação lúdica do cenário. O lúdico é muito importante para a companhia, e isso já se mostra logo no início do espetáculo", explica Vogue, referindo-se à recepção que a "Trupe da Bexiga" faz na entrada do teatro.
Mas é nos atores mirins Fhelipe Gomes, de 11 anos, e Pedro Henrique Scoriza de Senechal, de 10 alternantes no papel principal , que acontece, segundo o diretor, a ligação mais rápida entre o público e o elenco. "O ator mirim se conecta mais facilmente à fantasia da história, e passa isso para a plateia. A comunicação é imediata."