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A vocalista Uyara Torrente anima o público que acompanha o show da Banda Mais Bonita da Cidade | Luigi Poniwass/Gazeta do Povo
A vocalista Uyara Torrente anima o público que acompanha o show da Banda Mais Bonita da Cidade| Foto: Luigi Poniwass/Gazeta do Povo

Um ano e meio depois de estourar no Brasil inteiro com o clipe de "Oração" (assistido quase 11 milhões de vezes no YouTube), a Banda Mais Bonita da Cidade pode ter deixado de ser um fenômeno da internet, mas se consolidou na cena independente brasileira, mantém uma base de fãs considerável e aos poucos vai conseguindo demonstrar que tem muito mais a mostrar além do mantra de Leo Fressato – e seu vídeo "fofo". O quinteto curitibano protagonizou o último grande show da Virada Cultural de 2012, sob um sol escaldante e diante de uma plateia apaixonada, de pelo menos quatro mil pessoas, na Praça Nossa Senhora da Salete.

Foi o primeiro grande teste para a banda, depois de todo o hype em torno de "Oração". De 13 de maio de 2011 – quando o clipe foi postado – para cá, o grupo caiu na boca do povo, lotou o Guairão, fez um show apoteótico na Virada 2011, foi indicado ao VMB 2011, lançou CD, tocou no Brasil inteiro e em países como Portugal e França. Mas todos estavam curiosos para saber se eles conseguiriam repetir o sucesso do show do ano passado, no Palco Ruínas. Conseguiram, com sobras.

O quinteto liderado pela vocalista e atriz Uyara Torrente e pelo guitarrista Rodrigo Lemos subiu ao palco por volta das 17 horas deste domingo, já com o público na mão, ao som de "Que Isso Fique Entre Nós", seguida de "Mercadoramama" e "Lado Frágil". Na sexta canção, o manifesto girl power "Meu Príncipe", os quatro homens se ajoelharam aos pés (a essa altura, já descalços) da vocalista Uyara Torrente, para delírio da galera.

Sem deixar a peteca cair, a banda emendou "Solitária", de Luiz Felipe Leprevost, Troy Rossilho, Matheus Lacerda e Carlito Birolli, convidando ao palco o autor Luiz Felipe Leprevost, que declamou um poema durante a música. No meio do show, uma mudança no repertório: saiu "A Balada da Bailarina Torta" e entrou a irônica "Caderno G", com o público cantando em coro: "E quem sabe tudo o que você pode querer / A capa do Caderno G...".

Outro grande momento da apresentação foi a balada "Nunca", com apenas Uyara e o tecladista Vinícius Nisi no palco, e todo mundo cantando junto. Em "Boa Pessoa", Uyara convidou um rapaz da comunidade japonesa – responsável pelo palco Seto Matsuri –, para tocar ukulelê. Mas o melhor estava reservado para o final do show: em "Se Eu Corro", a vocalista chamou ao palco o grupo de taiko (tambores japoneses) Wakaba, que continuou acompanhando a banda no megahit "Oração", num final pesado e apoteótico.

O guitarrista Rodrigo Lemos resumiu a sensação de voltar a tocar na Virada, um ano depois: "Não sei dizer qual show foi melhor. O do ano passado tinha a questão do ineditismo, nunca tínhamos tocado num evento como este, para um público deste tamanho. Mas o deste ano também foi incrível, o dia estava lindo, e é bom saber que um ano depois as pessoas continuam gostando da gente", comentou. "Como qualquer fenômeno da internet, existe o pico e a depressão. Mas hoje a banda está mais próxima do que era desde o início, uma banda para mostrar as músicas dos compositores paranaenses."

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