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O prefeito Rafael Greca  posa na sala de teatro que leva seu  nome, na rua São Francisco. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
O prefeito Rafael Greca posa na sala de teatro que leva seu nome, na rua São Francisco.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Desde a década de 1970, Rafael Greca de Macedo se ocupa de escrever, à sua maneira, a história de Curitiba. O atual prefeito eleito da cidade já produziu dezenas de livros e artigos contando a história de bairros, lugares e personagens da cidade, com sua retórica e ponto de vistas peculiares.

Nesta segunda-feira (19), poucas horas depois de ter sido diplomado prefeito de Curitiba pela segunda vez, Greca lança seu novo livro “Curitiba – Luz dos Pinhais”.

“Curitiba – Luz dos Pinhais”

Rafael Greca de Macedo, editora Solar do Rosário, 560 pp. R$ 80. História

Lançamento:

Segunda-feira (19), às 18h, no Solar do Rosário (rua Duque de Caxias, 4, São Francisco)

“É uma memória do meu conhecimento histórico da cidade e traz muita coisa de memória oral das pessoas que aqui viveram. Um retrato da minha alma desenhando um coração curitibano na parede”.

O livro tem 560 páginas e 2 mil imagens entre fotografias antigas e atuais, quadros e ilustrações. “É um verdadeiro mergulho no tempo de Curitiba, reconhecendo suas formas e seus encantos”.

O prefeito diz que pesquisou em “muita documentação, coisas de catálogo de época e anúncios comerciais, mas o principal são minhas memórias e de pessoas próximas”.

Para o autor, “livro mais curitibano é impossível”.

Greca conta que o nome da obra “é uma alusão a minha madrinha e padroeira, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Fui batizado na Catedral pelo meu primo, o bispo Don Jerônimo”.

A linha histórica criada por Greca vai desde o tempo em que Curitiba era uma vila e ponto de passagem da antiga trilha indígena do Caminho do Peabiru até a cidade movida a energia solar que ele ”sonha”.

Questionado sobre a pouca incidência solar na cidade, responde com uma frase que está no livro: “O dia mais frio em Curitiba tem mais sol que o dia mais quente da Alemanha”.

Barão da merda

O livro é especialmente composto de personagens, pois segundo o autor “a cidade também é feita de pessoas”.

Há, portanto, capítulos para personagens ilustres como o pintor Poty Lazarotto, o escritor Dalton Trevisan, o urbanista Alfred Agache, o pioneiro da teve Nagib Chede, o compositor Augusto Stresser e muitos outros.

“Curitiba tem personagens fascinantes. Tivemos, por exemplo, o “barão da merda”, o velho Casagrande que coletava os efluentes do esgoto. Como já tínhamos o Barão do Serro Azul era justo que também tivéssemos o barão da merda”.

Episódios históricos como a Guerra do Pente, a revolução federalista, uma epidemia de tifo em 1917 e a ascensão do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) também são contados pela pena do prefeito.

No livro, Greca reproduz um bilhete do imperador Dom Pedro II, em 1880, à sua amante, falando do frio de Curitiba. “Ele escreveu: ‘Curitiba é uma bela cidade, o frio de dois graus me fortificou. Não imagina o quanto você me faz falta’. O imperador era um romântico”.

Lei Rouanet

O livro é editado pelo Solar do Rosário e foi produzido por meio da Lei Rouanet . O projeto captou um valor total de R$ 291 mil. O patrocínio veio das empresas Blount International (R$ 112 mil), Roca Sanitários (R$ 30 mil), Peróxidos do Brasil (R$100 mil) e Impextraco (R$ 48 mil).

O livro tem uma tiragem inicial de mil exemplares. Em abril, outras mil cópias serão editadas e distribuídas a escolas da rede municipal.

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