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A Alma do Osso, de Cao Guimarães, estreia em Curitiba | Divulgação
A Alma do Osso, de Cao Guimarães, estreia em Curitiba| Foto: Divulgação

Programação

Acompanhe a Mostra Limite – Poéticas do Real

Curtas-metragens, das 16 às 17h30

Digitais

Passenger, de Kika Nicolela (França/Brasil, 2007); Não Há Ninguém Aqui #1 #2 #3 , de Wagner Morales (SP, 2000); Teoria da Paisagem, de Roberto Bellini (EUA/Brasil, 2005); Ensaio para um Vídeo Vigilância, de Arthur Tuoto (PR, 2009); Man.Road.River, de Marcellvs L. (MG, 2004)

35mm

Ocidente, de Leonardo Sette (PE, 2008); Visionários, de Fernando Severo (PR, 2002); Osório, de Heloísa Passos e Tina Hardy (PR, 2008); Dormente, de Joel Pizzini (SP, 2005); Regard Edgar, de Joel Pizzini, Gustavo Jardim e Emilio Gallo (MG, 2010)

Longa-metragem, às 19h30

Digital

A Alma do Osso, de Cao Guimarães (MG, 2004)

Fora os cinéfilos, poucos espectadores terão ouvido falar de Cao Guimarães. Mesmo os tais cinéfilos tiveram até hoje raras chances de assistir aos trabalhos do cineasta mineiro, um dos mais respeitados criadores a enlaçar documentário, ficção e artes visuais. Seus longa-metragens, como Andarilho (2006) e o recente Ex-Isto (sobre a obra de Paulo Leminski), circulam quase unicamente por mostras e festivais, com ocasionais exibições em circuito comercial.

Premiado como melhor filme nas mostras nacional e internacional do 9.º É Tudo Verdade, em 2004, A Alma do Osso, de Cao Guimarães, passou por festivais da Holanda, França e Itália, mas só neste ano estreou em umas poucas capitais brasileiras. Em Curitiba, não. O filme, que acompanha a rotina de afazeres e silêncio do ermitão Dominguinhos, de 71 anos, será exibido pela primeira vez na cidade hoje, às 19h30, pela Mostra Limite – Poéticas do Real, realizada no Cineplex Batel.

Está na raiz da mostra, organizada por alunos do curso de Cinema e Vídeo da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), a intenção de suprir a carência do chamado "documentário experimental" – embora o termo seja prontamente rebatido por Cao Guimarães: "Experimental, acho uma palavra muito perigosa. Documentário e ficção, os limites já estão completamente diluídos. Todo filme é uma experiência", responde em entrevista disponível no blog da mostra (http://mostralimite.blogspot.com).

"Documentário experimental acaba sendo um termo genérico, mas que consegue dar conta de uma certa produção que se destaca atualmente: o documentário contemporâneo, que pega a tradição já estabelecida e dialoga ou entra em choque com a a linguagem do cinema de vanguarda, das artes plásticas e da videoarte", diz o estudante de Cinema João Krefer. Ele divide a curadoria com os colegas Ana Paula Câmara, Tamíris Spinelli e Tomás von der Osten, orientados pela professora Joana Nin.

A Mostra Limite exibe também uma dezena de curtas-metragens já consolidados pela crítica ou outras curadorias. Há duas realizações de brasileiros fora do país, Passenger, filmado por Kika Nicolela em viagem à França, e Teoria da Paisagem, por Roberto Bellini, nos Estados Unidos. O premiado Man.Road.River, de Marcellvs L, por sua vez, nasceu de uma videoinstação. Destaque ainda para dois trabalhos de Joel Pizzini, um curta com ótima repercussão de crítica (Dormente, de 2005) e a estreia de Regard Edgar, codirigido por Gustavo Jardim e Emilio Gallo.

Além da produção independente, o curador aponta um olhar em comum entre os filmes: "Refletir não só o mundo que o artista representa, mas como o artista representa o mundo".

Serviço:

Mostra Limite. Cineplex Batel/Shopping Novo Batel (Al. Dom Pedro II, 255), (41) 3538-6272. Dia 24, a partir das 16 horas. R$ 4.

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