O jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, que completaria 100 anos no dia 23 de agosto, é um dos homenageados da Bienal do Livro de São Paulo. Ontem de manhã, ele foi tema de debate no Cozinhando com Palavras, espaço gastronômico da feira.
A relação do autor com a comida, porém, mais parece uma das tantas ironias mórbidas que marcam suas peças. "Ele, na verdade, foi perseguido a vida inteira pelo fantasma da fome", contou Ruy Castro, biógrafo de Nelson Rodrigues (O Anjo Pornográfico).
A virada dos anos 1920 para os 1930 trouxe uma série de tragédias para a família Rodrigues, que culminou com o fechamento do jornal da família, Crítica, pelo governo Getúlio Vargas.
A sorte começou a mudar para Nelson em meados dos anos 1940, ao se consagrar como dramaturgo com a peça Vestido de Noiva (1943). Quando finalmente teve condições financeiras para comer o que bem quisesse, descobriu que tinha úlcera e que não poderia ingerir uma porção de coisas.
Curitiba
Na próxima segunda-feira, Castro participa da abertura da 2.ª Semana de Comunicação da Universidade Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3000, quando vai falar sobre o legado de Nelson Rodrigues.
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