
Programação
Confira as próximas datas da temporada 2014 da OSP:
3 e 10/8 Regente: Fabio Mechetti Solista: Luiz Felipe Coelho (Filarmônica de Berlim)
24/8 - Concerto em homenagem a Waltel Branco Regente: Paulo Torres Museu Oscar Niemeyer
4/9 Regente: Jamil Maluf Solista: Araceli Chacon
14/9 - Concerto para crianças Regente: Guilherme Mannis
28/09 Regente: Marcos Arakaki Solista a definir
19/10 Regente: Wagner Polistchuk Solista: Davi Graton
26/10 Regente: Ricardo Bologna Solista: Davi Sartori
9/11 Regente: Alpaslan Ertungealp Solista: Alexandre Razera
20 e 23/11 Regente: Roberto Tibiriçá Solista: Nelson Freire (foto)
30/11 Regente: Claudio Cruz Solista: Antonio Meneses (foto)
7/12 Regente: Lavard Skou Larsen
14/12 Regente: Roberto Tibiriçá Solistas: Rosana Lamosa, Ana Lucia Benedetti, Paulo Mandarino e Sávio Sperandio.
R$ 900 mil já foram captados, via Lei Rouanet, pelo violista José Maria Magalhães Silva para as programações artísticas de 2014 e 2015 da Orquestra Sinfônica do Paraná. O valor total do projeto é de R$ 2 milhões, que devem ser usados para o pagamento de cachês, divulgação e circulação.
Vivendo um ano de transição, com cargo ainda vago de regente titular e diretor artístico, a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) começa a divulgar o restante da programação da temporada de 2014.
Até dezembro, a temporada vai contar com nomes importantes da regência, como Fabio Mechetti, diretor musical e regente titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, e com solistas de prestígio internacional, como o pianista Nelson Freire e o violoncelista Antonio Meneses (confira no quadro ao lado).
Diferentemente dos últimos três anos, quando a relação de concertos pôde ser divulgada já no início da temporada sob direção do maestro português Osvaldo Ferreira, a agenda para 2014 ainda tinha datas e nomes a definir em parte, devido a ajustes no orçamento do Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG) para a produção cultural e artística.
A solução para conciliar a redução de gastos com a escalação de convidados relevantes veio de uma iniciativa de José Maria Magalhães Silva, violista da OSP. Ele aproveitou sua experiência à frente de projetos sócio musicais em Tunas do Paraná e Pinhais, mantidos com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, para elaborar um projeto de programação da orquestra para a Lei Federal. Foi autorizado a captar R$ 2 milhões para as temporadas de 2014 e 2015, dos quais já conseguiu R$ 900 mil da Copel, Sanepar e Compagás. O valor será usado para bancar os cachês mais caros desta segunda metade da temporada da orquestra.
"O dinheiro do CCTG para a programação artística da orquestra já tinha acabado. A OSP ia praticamente parar a partir de agosto", opina Silva. "Faríamos um concerto por mês, com formações menores, muitas vezes em locais fora do Guaíra, que teria de ser alugado para sobreviver. Seria uma programação bem medíocre. A ideia do projeto é fazer uma programação à altura do potencial da orquestra e dar à cidade o que ela merece", explica o músico, que destaca as participações do maestro Roberto Tibiriçá - responsável por reger o concerto com Nelson Freire e a última apresentação do ano, que terá a "Nona Sinfonia" de Beethoven e do violista Alexandre Razera, que toca o Concerto para Viola e Orquestra de Bartók sob regência do turco Alpaslan Ertungealp.
Ainda que tenha atuado como uma espécie de coordenador na escolha dos convidados, Silva explica que a escolha da programação foi feita em conjunto com a direção do teatro e a Associação dos Músicos da OSP (Amosp).
Temporada não depende do projeto, diz Seec
O anúncio da viabilização do restante da temporada da OSP por meio de projeto de Lei Rouanet elaborado por um de seus músicos vem pouco depois de novos cortes do governo no orçamento para a produção cultural e artística do Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG).
Os últimos foram publicados no Diário Oficial do Executivo Estadual em 2 de julho: R$ 300 mil foram remanejados para a execução do projeto de um Centro Nacional de Atletismo em Cascavel, e R$ 351 mil foram para cursos de qualificação profissional promovidos pela Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária (Sets). A informação foi coletada pelo jornalista José Lazaro Jr., do projeto de jornalismo Livre.jor, voltado à obtenção de informações em fontes oficiais.
De acordo com a diretora-presidente do CCTG, Monica Rischbieter, de fato não seria possível contratar nomes como Fabio Mechetti e Nelson Freire com os recursos destinados pelo governo para a produção artística em 2014. No entanto, a gestora explica que novos cortes no orçamento só são feitos quando o CCTG garante recursos de outras fontes. "Não é que estejam destroçando o orçamento do Guaíra", diz Monica. "Se não tivesse o projeto, teríamos programação da OSP o ano inteiro. O governo não deixaria a orquestra parar. Mas paramos de batalhar por mais recursos porque o projeto permitiu", diz.
Para a diretora-presidente, o fato de os recursos do projeto de iniciativa do violista José Maria Magalhães Silva terem sido captados em empresas estatais do Paraná Sanepar, Copel e Compagás significa que o governo segue dando atenção ao CCTG. Ela lembra que a temporada da OSP recebeu da Copel um patrocínio direto de R$ 400 mil.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Cultura afirma que o CCTG se limitou a aceitar a proposta do projeto e que não há qualquer orientação para que a autarquia utilize a Lei Rouanet para permitir o remanejamento de recursos do tesouro estadual. O órgão garante que a OSP não dependerá de leis de incentivo para manter sua programação.