
Distante dos palcos curitibanos desde abril do ano passado, o Viola Quebrada se apresenta no Teatro Paiol nesta sexta-feira (13) e sábado (14), às 21 horas. O quarteto curitibano ocupa o palco nos primeiros 40 minutos para exibir música sertaneja e, posteriormente, o trio paulista Viola sem Fronteira passa a executar sertanejo instrumental.
A atração convidada tem na escalação Júlio Santin, Levi Ramiro e Milton Araújo, que se revezam à frente de violas e baixolão. Araújo é sobrinho de Helena Meirelles (1924-2005), pantaneira eleita pela revista Guitar Player como uma das melhores instrumentistas do mundo. A fita que chegou na redação do periódico norte-americano foi enviada pelo sobrinho, que teve, na tia, mais que uma parente, uma referência e um exemplo únicos.
Memória
O Viola Quebrada surgiu, oficialmente, dia 23 de abril de 1998, quando Oswaldo Rios (voz e violão), Margareth Makiolke (voz e violão), Rogério Gulin (viola) e Rubens Pires (acordeom) participaram do programa Viola, Minha Viola, de Inezita Barroso, na TV Cultura de São Paulo. Desde então, gravaram quatro álbuns que encontram recepção em todo o Brasil.
A música sertaneja, que surgiu na década de 1930 e "estourou" na metade do século passado, tem tanta popularidade como o "sertanejo universitário".
"Não fazemos pesquisa. Resgatamos canções que estão na nossa memória e no imaginário popular", afirma Rios. De Tonico e Tinoco a Tião Carreiro. De René Bittencourt a Belarmino e Gabriela. As composições desses, e de outros autores, são recriadas pelo Viola Quebrada, que é requisitado para shows do Rio Grande do Sul a Roraima, de Goiás a Santa Catarina, do Mato Grosso do Sul ao Rio de Janeiro.
Universais
Em tempos recentes, o quarteto passou a compor canções sertanejas, como "Meus Retalhos" e "Fandango de Volta", que serão executadas nos shows deste final de semana. "Valeu", de Paulo Leminski, e "Siriri", de Nhô Belarmino, também terão vez nas apresentações em que Rogério Gulin usará uma viola que traz um guizo de cobra cascavel em seu interior.
No universo sertanejo, o violeiro costuma colocar um guizo dentro do instrumento para afastar o mau olhado. "Mas é preciso ganhar. O Gulin recebeu o amuleto do Pena Branca", conta Rios.
O Viola Quebrada, por intermédio de Oswaldo Rios, avisa que, se o público pedir, o grupo pode tocar "Chalana" (de Mario Zan e Arlindo Pinto), "Saudade de Minha Terra" (de Goiá e Belmonte) e "Cabecinha no Ombro" (de Paulo Borges), entre outros clássicos. Eles também estão dispostos a fazer moda de viola e outras bossas sertanejas.
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