• Carregando...
 | Gustavo Garrett /Divulgação Prime
| Foto: Gustavo Garrett /Divulgação Prime

Em 1994, o cantor Fábio Jr. concedeu uma entrevista à jornalista Marília Gabriela na qual afirmou que só se sente em equilíbrio quando está em movimento. Quase 20 anos se passaram e parece que a autodefinição se mantém. O cantor continua mudando: começou a carreira em bandas com os irmãos, depois interpretou músicas em inglês, compôs grandes sucessos e consagrou muitas canções de outras artistas. Prestes a completar 60 anos, pode-se dizer que Fábio está na etapa mais romântica da carreira, mesmo estando solteiro.

Há quem diga que o romantismo não tem mais vez no cenário musical. Mas se esqueceram de combinar isso com o público que lotou o Teatro Positivo na noite do último sábado, 3, para ouvir os sucessos do cantor, que diz seguir a religião do amor. Na plateia, era possível ver homens e mulheres de todas as idades, mas o público feminino predominou. Bastava um passo do artista para fora do limite do palco, que grupos de mulheres corriam em sua direção para ficar mais perto dele.

As músicas que compõem esta turnê têm diferentes origens: de autoria própria, como "O Que É Que Há?"; sucessos já consagrados na voz do artista, como "Caça e Caçador", "Felicidade" e "Senta Aqui"; além de novas interpretações de canções conhecidas do público nas vozes de outros artistas, como "Epitáfio" (Titãs) e "Não Vou Ficar" (Tim Maia). Para a interpretação de "Alma Gêmea", Fábio preparou uma homenagem para a amiga Hebe Camargo, que morreu em setembro do ano passado, e substituiu o "morrendo" por "vivendo" no trecho "estou morrendo de vontade de você".

O ápice do show ficou por conta da participação de Tainá, filha do cantor, que interpretou com o pai a música "Não Posso Reclamar de Nada" – que só entrou no CD Íntimo por insistência dela. A canção, romântica por natureza, se encaixou na história de pai e filha e emocionou o público e o próprio compositor. Aliás, se tem algo que não muda em Fábio Jr. é que ele mesmo se comove nos shows. Mais que o prazer de vê-lo ou ouvi-lo cantar, o público é contemplado com um espetáculo de amor pelo palco. Como ele mesmo diz: "Amém, amor".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]