O ator norte-americano Andy Garcia entrou no gabinete do governo da Geórgia nesta segunda-feira para filmar uma cena de um novo filme, baseado na guerra da pequena república do Cáucaso com a Rússia. Garcia fará o papel do presidente georgiano Mikheil Saakashvili.
O drama ainda sem título está sendo dirigido por Renny Harlin, mesmo diretor de "Duro de Matar 2". O roteiro se baseia na guerra de agosto de 2008, que durou cinco meses e que começou quando Saakashvili lançou um ataque contra separatistas na rebelde província de Ossétia do Sul, atraindo um contra-ataque russo devastador.
Astro de Hollywood cujos créditos incluem "O Poderoso Chefão 3" e "Onze Homens e um Segredo", Garcia chegou à ex-república soviética da Geórgia na tarde de domingo, e participou de filmagens na cidade de Gori e na capital, Tbilisi.
Imagens da televisão mostraram Garcia no papel do presidente georgiano, usando terno, gravata vermelha e broche com a bandeira vermelha e branca do país e sentado na sala de trabalho de Saakashvili no palácio presidencial.
A trama do filme envolve um repórter norte-americano que é pego no fogo cruzado da guerra, o que põe à prova sua imparcialidade como jornalista. O deputado Papuna Davitaia, do governista Movimento Nacional Unido, de Saakashvili, é um dos produtores do projeto.
"Nossa preocupação principal é mostrar a guerra como algo negativo", disse à televisão georgiana o produtor executivo Michael Flannigan. "Tivemos a oportunidade de fazer um filme realmente antiguerra".
Flannigan disse que o orçamento é "bastante restrito", o que não foi o caso de outros thrillers de ação feitos por Harlin, que é finlandês de nascimento, como "Risco Total" e "Duro de Matar 2".
A guerra prejudicou muito as relações entre a Rússia e o Ocidente. Cerca de 390 civis dos dois lados do conflito morreram e mais de 100 mil foram desalojados. As forças russas lançaram ataques aéreos e enviaram tanques para o território georgiano.
O cineasta sérvio Emil Kusturica recusou uma oferta russa para dirigir outro filme sobre a guerra.
"Não aceitei porque tenho um contrato que tenho que cumprir e que me ocupará pelos próximos quatro anos", disse Kusturica à Reuters na segunda-feira.
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