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Obra do argentino Julio Le Parc foi incorporada ao acervo do MON. | Divulgação/
Obra do argentino Julio Le Parc foi incorporada ao acervo do MON.| Foto: Divulgação/

Duas instalações de artistas contemporâneos, o argentino Julio Le Parc e a brasileira Regina Silveira, e uma tela à óleo da artista suíça radicada no Brasil Mira Schendel (1919-1988) foram as obras escolhidas pelos mecenas que integram o programa “Sou Patrono” do Museu Oscar Niemeyer (MON).

Lançado no começo de 2015, o programa consiste em doações de pessoas físicas ou jurídicas que como contrapartida dão ao patrono direito de escolher entre um grupo de obras selecionado pela direção do MON, além de outras vantagens. As doações foram feitas em cotas de R$ 6 mil, R$ 9 mil ou R$ 27 mil.

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Contribuíram 22 patronos. Com a arrecadação de cerca de R$117 mil foram escolhidas três obras dentro de um grupo de sete apresentadas aos mecenas em evento realizado na última terça-feira (30) no MON.

“São três artistas referenciais e três obras importantes deles, não são obras secundárias. São trabalhos disputados e exemplares”, disse Juliana Wosnika, diretora do MON.

Para ela, o resultado do programa foi além do esperado. “Historicamente temos pouca participação da sociedade civil com a arte e a cultura e sabíamos que teríamos dificuldade, mas as pessoas se interessaram e colaboraram”.

Oportunidade

Para Wosnika, as obras foram muito bem avaliadas pelo Conselho Cultural e eram as melhores que podiam ser adquiridas com o dinheiro arrecadado.

Ela explica que as obras foram compradas por preço abaixo do valor de mercado, em negociações diretas com os próprios artistas. “Uma instalação do Le Parc está avaliada em mais de $ 1 milhão. Ele doou esta obra, desde que o museu pagasse a taxa de direito autoral e valor da produção. Era um grande oportunidade”.

As obras de Regina Silveira e do argentino Le Parc já tinham sido expostas no MON em mostras que tiveram sucesso de público: Silveira em exposição individual, em 2015, e Le Parc, como artista homenageado na última Bienal de Curitiba.

“As obra ganharam certa notoriedade entre a comunidade e agora foram apropriadas pela cidade. Corrobora o papel do museu como centro de difusão de arte”, observa o curador Agnaldo Farias.

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