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Jorge Benjor se apresenta neste sábado (27), às 21h | Divulgação
Jorge Benjor se apresenta neste sábado (27), às 21h| Foto: Divulgação

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Confira o serviço completo do show do Jorge Ben Jor

Jorge Ben Jor é carioca de nascença, de estilo e de ritmo. Mesmo assim, desde cedo garantiu a universalidade de seu som. Com mais de 40 anos de carreira, foi um dos principais responsáveis por levar a música brasileira ao exterior sem deixar de lado as raízes que compõem sua personalidade. "Minha música é universal. Noto que os estrangeiros gostam do meu balanço, do ritmo. Mas claro que não cantam tão bem quanto os brasileiros", brincou o músico, durante entrevista à Gazeta do Povo por e-mail.

É este ritmo composto por rock, samba, bossa nova, jazz, maracatu e funk que o músico apresenta neste sábado (27) no Curitiba Master Hall, a partir das 21h, em comemoração ao primeiro aniversário do Bossa Nova Bar. Afinado com seu público, Benjor conseguiu garantir a renovação de sua plateia – hoje formada também por jovens, que não necessariamente conhecem a extensa carreira do cantor.

"Este público é composto pelos filhos e pelos netos de meus fãs antigos. Fiquei muito emocionado uma vez, quando estava em Recife, e um garoto de 12 anos cantou uma música minha", contou Ben Jor. "Foi um momento impagável", completou.

E não foram apenas os fãs que se renovaram, mas sua música também. "O mundo evoluiu e temos que acompanhá-lo, não é mesmo?", indagou Ben Jor. Seu mais recente trabalho, Recuerdos de Asúncion 443, traz músicas dos anos 70 e 80 que foram retrabalhadas. "A atualidade foi extremamente positiva neste trabalho, pois é a chance de as pessoas conhecerem mais um trabalho meu", explicou.

Sobre a cena musical atual, Benjor tem suas preferências. "Acho bacana o funk carioca. Cada um no seu quadrado, né?", brincou o músico. "Gosto de Max de Castro e Jairzinho, dentro de um universo de muitos outros cantores bons", completou.

Com músicas de ritmo animado e finais felizes, Benjor garante que a felicidade caminha sempre ao seu lado. "Tenho muita alegria e passo isso para minhas canções. Alegria, simpatia, energia e harmonia me acompanham", garantiu.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com Jorge Benjor:

Você começou sua carreira há mais de 40 anos. Sente a necessidade de evoluir com sua música ou acredita que o meio musical hoje não é tão bom quanto antigamente?

O mundo evolui e temos que acompanhá-lo, não é mesmo?

"Recuerdos de Asúncion 443" traz canções feitas entre os anos 70 e 80, que foram retrabalhadas muitos anos depois. No entanto, você tentou manter o ar antigo das faixas. Que pontos positivos e negativos a atualidade trouxe às composições?

A atualidade foi extremamente positiva neste trabalho, pois é a chance de as pessoas conhecerem mais um trabalho meu. Na verdade, estas músicas eram inacabadas. A Som Livre tinha todas guardadas e eu terminei. Não vejo nada negativo, então.

Como você avaliaria a música atual? Existe algum artista que despontou nos anos 2000 que você acha que será lembrado nos próximos 20 anos?Gosto de várias músicas da cena atual. Acho bacana o funk carioca. Cada um no seu quadrado, né? Gosto de Max de Castro e Jairzinho, dentro de um universo de muitos outros cantores bons.

Suas músicas são extremamente otimistas, com final feliz. Você carrega este mesmo sentimento consigo? Como você lida com a tristeza?

Tenho muita alegria e passo isso para minhas canções. Sou um poeta urbano e suburbano e me inspiro em tudo ao meu redor. Alegria, simpatia, energia e harmonia me acompanham!

Como você vê os jovens que vão aos seus shows e, na maioria das vezes, não fazem ideia da extensão e importância de sua carreira? Para você, é preciso conhecer tudo de Jorge Benjor para ser fã de Jorge Benjor?

Este público é composto pelos filhos e pelos netos de meus fãs antigos. Só agradeço a admiração deles. Fiquei muito emocionado uma vez, quando estava em Recife, e um garoto de 12 anos cantou uma música minha. Foi um momento impagável.

Uma das músicas deste último álbum chama-se "Emo", e quando o álbum foi lançado, você se definiu em entrevistas a jornais como um "emo". Como você explica este termo? Para você, esta seria a mesma maneira que os jovens entendem a mesma palavra?

Identifico-me em alguns pontos com ele. Na verdade, é mais essa questão de em um dia estar feliz e no outro estar mais quieto. Tenho meus momentos reservados.

Você tem em seu set-list uma lista de canções em "stand by". Você já saiu da programação e cantou uma música que nem sequer estava ensaiada? Como lida com a improvisação?

Já tenho um roteiro que gosto de tocar, elaborado de acordo com os pedidos recorrentes de meus fãs. Meus grandes sucessos são incluídos, portanto, e mesclo com novas músicas. Além disso, sempre atendo todos os pedidos feitos durante o show. Não deixo ninguém voltar pra casa sem ouvir a música que queria.

Você disse em uma entrevista que um dos pontos positivos de "Mas Que Nada" é sua universalidade, e pessoas que falam qualquer idioma conseguem cantarolar a letra sem dificuldade. Você acha que a música tem que ser universal, ou deveria ser voltada aos brasileiros, a um nicho?

Totalmente universal. Minha música é universal. Tenho uma ligação muito forte com outros países. Destaco especialmente Itália e França, onde toco com frequência em aberturas de campeonatos, e recentemente me apresentei no Brazilian Day, que foi uma grande e excelente apresentação. Noto que os estrangeiros gostam do meu balanço, do ritmo das músicas. Claro que não cantam tão bem quanto os brasileiros, mas acompanham e se divertem com o ritmo.

Como é para você tocar suas músicas, com clima totalmente carioca, em ambientes como Curitiba?

Toco bastante em Curitiba, mas normalmente em shows fechados. Estou muito feliz em tocar aí, pois vou poder matar as saudades dos fãs curitibanos e eles de mim.

Com 33 álbuns lançados em sua carreira, o que você ainda busca conquistar no meio musical?

Difícil dizer. Vamos continuando, não é mesmo?

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