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“A Comunidade”, de Thomas Vinterberg, encerra o festival | Divulgação/
“A Comunidade”, de Thomas Vinterberg, encerra o festival| Foto: Divulgação/

Com aproximadamente 90 filmes, vindos de diferentes cantos do planeta, começa na próxima quarta-feira (8) o Festival Olhar de Cinema, que chega este ano à sua quinta edição. Somente na mostra competitiva de longas-metragens, a principal do evento, serão dez filmes que ganham exibição pela primeira vez no Brasil.

Ingressos

As sessões serão no Espaço Itaú e no Cineplex Batel, com ingressos a R$ 8 e R$ 4(meia). A programação está no site do Olhar de Cinema.

Além da competição de longas e curtas, fazem parte do festival outras oito mostras, que contemplam filmes clássicos, novidades, homenagens e a produção local. Dois nomes terão mostras destinadas especificamente à sua obra: o brasileiro Luis Sergio Person, referência do cinema nacional nas décadas de 1960 e 70, é o homenageado do Olhar Retrospectivo. Já o argentino Matías Piñeiro, foi escolhido este ano para a mostra Foco, que busca apresentar novos autores ao público brasileiro.

Confira a seguir dez filmes que fazem parte do 5º Olhar de Cinema e que vale a pena conferir durante os nove dias de festival.

Filmes imperdíveis

Operação Avalanche (2016)

O filme que abre o festival, na quarta-feira (8), é o segundo longa dirigido pelo americano Matt Johnson. A história se passa em 1967, durante a Guerra Fria. Em meio aos preparativos para a expedição que levará o homem à Lua, surgem suspeitas de que um espião russo estaria infiltrado na missão da Nasa. Dois jovens agentes da CIA são destacados para acompanhar a expedição, disfarçados de cineastas, e descobrem fatos ainda mais surpreendentes.

Amarcord (1973)

O público curitibano terá a oportunidade de ver na tela grande um dos maiores clássicos da história do cinema italiano. Dirigido por Federico Fellini, é considerado o filme mais pessoal do cineasta, resgatando as memórias da década de 1930, período em que o regime fascista governava a Itália. A comédia dramática desvenda a vida familiar e social do garoto Titta, em um desfile de personagens nada convencionais. A trilha sonora de Nino Rota, que pontua a história, também se tornou um marco.

Entre Cercas (2016)

Um dos objetivos da mostra Exibições Especiais é apresentar ao público produções de diferentes culturas pelo mundo. Exibido no último Festival de Berlim, o documentário do israelense Avi Mograbi retrata a situação de um grupo de africanos refugiados em um centro de detenção próximo à fronteira com o Egito. Usando técnicas do “Teatro do Oprimido”, o cineasta inicia uma oficina com os refugiados, a partir da qual eles relatam suas experiências e expressam seus sentimentos.

São Paulo SA (1965)

O ano de 2016 marca os 40 anos da morte de Luiz Sergio Person, um dos mais importantes cineastas brasileiros da década de 1960. Por isso, o diretor paulista foi o escolhido para ser homenageado na mostra Olhar Retrospectivo, que exibirá cinco de seus filmes. “São Paulo SA” é um dos títulos mais importantes de sua carreira, captando o momento de euforia causado pelo crescimento econômico. Walmor Chagas é um jovem de classe média inconformado com a vida que leva.

A Cidade do Futuro (2016)

Representantes da nova geração do cinema brasileiro, Cláudio Marques e Marília Hughes apresentam o sucessor de “Depois da Chuva”, de 2014. O novo filme se passa em Serra do Ramalho, no interior da Bahia, onde três personagens formam uma família fora dos padrões da cultura tradicionalista e conservadora da região. Apesar de ser um filme de ficção, tem um pé na realidade, já que os três atores interpretam uma história parecida com a que experimentaram na vida real.

A Última Terra (2016)

Apesar de serem nossos vizinhos, quase nada da produção cinematográfica do Paraguai chega ao Brasil. A oportunidade de conhecer um pouco do que eles andam fazendo está nessa produção, que ganhou o Prêmio Especial do Júri do último Festival de Rotterdam, na Holanda. O jovem cineasta Pablo Lamar escolheu como personagens principais um casal de idosos que vive isolado em uma colina no interior do país. De repente, o homem precisa lidar com a morte iminente da esposa.

Viola (2012)

Se Ricardo Darín e Pablo Trapero já são nomes bem conhecidos dos brasileiros no que diz respeito ao cinema argentino, Matías Piñeiro ainda precisa ser descoberto. Cinco filmes do jovem diretor estão na mostra Foco, que também trará o cineasta a Curitiba para um bate-papo com o público. Nesse filme, Viola é uma jovem atriz que participa de uma encenação de Shakespeare com um grupo de teatro e, a partir da experiência, amplia a exploração de seus sentimentos e desejos.

Meghe Dhaka Tara (1960)

Que tal conhecer um pouco mais de Bollywood, a incrível indústria cinematográfica indiana que produz mais de mil filmes por ano? Para começar, nada melhor do que tomar contato através de um clássico, que vai além do caráter de entretenimento que marca grande parte da produção fílmica do país. O filme de Ritwik Ghatak narra a vida de uma paquistanesa nos subúrbios de Calcutá. A cópia que será exibida foi restaurada em 2012 pela Fondazione Cineteca di Bologna, na Itália.

Um Outro Ano (2016)

O filme da chinesa Shengze Zhu promete ser uma experiência das mais inusitadas e interessantes entre as produções que fazem parte da Mostra Competitiva. A diretora acompanhou uma sequência de 13 jantares em família de um trabalhador, ao longo de um ano. As refeições são exibidas em tempo integral e com planos estáticos. Dessa forma, a narrativa desvenda ao espectador um retrato da cultura chinesa e das transformações vividas pelo país no campo social e econômico.

A Comunidade (2016)

O nome mais conhecido dessa edição é o do dinamarquês Thomas Vinterberg, diretor de “Festa de Família” e “Querida Wendy”. Seu filme mais recente vai encerrar o Olhar de Cinema no dia 15. O cineasta captura o espírito idealista da década de 1970, por meio de um casal de acadêmicos que decide abrir as portas de casa e dividir a vida com outras pessoas. O que começa com uma vida de sonhos comuns, com festas e confraternizações, aos poucos vai sendo derrotada pela realidade.

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