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Halle Berry, no auge no início dos anos 2000, não conseguiu fazer o seu melhor em “Mulher-Gato” | /Divulgação
Halle Berry, no auge no início dos anos 2000, não conseguiu fazer o seu melhor em “Mulher-Gato”| Foto: /Divulgação

O hype em torno da atuação de Jared Leto e Margot Robbie empolgou os fãs dos quadrinhos pela estreia de “Esquadrão Suicida”. Mas foi só o filme chegar aos cinemas para a decepção ser geral. Crítica e público parecem concordar que o filme não faz jus aos quadrinhos e, mais que isso, é lamentável.

O filme trata da ala dos vilões da DC Comics, mas na ala dos heróis também há precedentes desastrosos. Com potencial para entregar ações de fôlego ou thrillers psicológicos, muitas dessas bombas se tornaram espetáculos cômicos.

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Confira abaixo os piores filmes protagonizados por heróis, segundo o site Metacritic.

“Mulher-Gato” (2004)

Com um Oscar na mão e papéis em “X-Men” e “007 – Um Novo Dia para Morrer”, Halle Berry estava no auge no início dos anos 2000, quando foi escalada para o filme dirigido por Pitof, um francês especializado em efeitos visuais que transformou a história da sexy anti-heroína de Batman em material cômico. Sharon Stone também não diz a que veio.

“Supergirl” (1984)

O “Super-homem” protagonizado por Christopher Reeve já tinha três filmes lançados quando a produção estrelada pela prima do Homem de Aço começou a ser feita. A premissa esvaziou as possibilidades do filme: Kara El desce à Terra para recuperar um artefato importante para sua comunidade no espaço. Acaba travando uma batalha com uma bruxa interpretada por Faye Dunaway. Helen Slater, que interpreta a heroína no cinema, também ganhou um papel na adaptação para a TV: ela é a mãe da nova Supergirl.

“O Quarteto Fantástico” (2015)

A ideia era fazer um reboot da franquia filmada nos anos 2000, já não lá muito memorável (mas superior à bomba que a Fox fez em 1994, a primeira incursão dos personagens no cinema). Kate Mara, Miles Teller, Michael B. Jordan e Jamie Bell ocupam o lugar de Jessica Alba, Ioan Gruffudd, Chris Evans e Michael Chiklis. Mas o que era para resultar em um frescor com um elenco mais jovem resultou em uma morte lenta da super equipe da Marvel. Mesmo com um elenco talentosíssimo, o resultado não tem humor ou alma.

“Batman e Robin” (1997)

O bat-uniforme que George Clooney usou tinha mamilos salientes. Esse é um dos argumentos mais usados pelos detratores do filme, o segundo da franquia dirigido por Joel Schumacher. Mas o farol aceso do Homem Morcego é o menor dos problemas desse filme. Os muitos personagens (somam-se ainda a Batgirl de Alicia Silverstone, a Hera Venenosa de Uma Thurman, o Senhor Frio de Arnold Schwarzenegger) ultrapassam a fronteira da caricatura.

“Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança” (2011)

Continuação que conta com Nicolas Cage no papel de Johnny Blaze, o motoqueiro que faz um acordo com o Diabo e se torna seu assecla. A tosquice já presente no primeiro filme atinge doses cavalares aqui, quando Blaze tenta se livrar da maldição se unindo a um grupo de monges revoltosos. A canastrice de Cage, que pode até funcionar como alívio cômico, ganha cores irritantes.

“O Justiceiro” (2004)

Um festival sanguinolento é esperado em um filme que fala sobre o vigilante de Hell’s Kitchen. E isso é entregue ao público. Porém, o ritmo dessa adaptação, protagonizado por Thomas Jane, é mais preguiçoso do que o ideal, além de confuso e folhetinesco. Apesar de bem explicada, a origem de Frank Castle, que teve a família assassinada, não convence o público de que a vingança é legítima.

“Elektra” (2005)

O personagem de Jennifer Garner apareceu pela primeira vez em “Demolidor – O Homem sem Medo”, produzido dois anos antes. Se o filme protagonizado por Ben Affleck já foi massacrado (e não entra nessa lista por pouco), o spin-off não consegue se sustentar nem pelas cenas de ação. A atuação de Jennifer, que começou a protagonizar comédias românticas à mesma época, também não impressionou.

“Spawn – O Soldado do Inferno” (1997)

Assim como em “Mulher-Gato”, o filme ficou nas mãos de um diretor inexperiente na função, mas fera das artes visuais. Mark A.Z. Dippé transformou os quadrinhos de Todd McFarlane num videogame incômodo e inacessível, tamanho barulho e informações. A HQ cultuada fala sobre um soldado americano que é enviado ao inferno por ter sido um assassino a serviço do governo em vida. Lá, faz um pacto com um demônio para voltar à Terra e rever a mulher. Para tanto, teria de se tornar um combatente permanente das trevas, com um uniforme e aparência assustadores.

“Motoqueiro Fantasma” (2007)

A direção deste filme ficou a cargo de Mark Steven Johnson, diretor e roteirista de “Demolidor” e roteirista de “Elektra”. Aqui também o resultado é horripilante, com falta de lógica, cenas fracas de ação e roteiro com diálogos lamentáveis. Nicolas Cage, embora nunca seja unanimidade, é o único ponto forte aqui.

“Lanterna Verde” (2011)

Ainda não se sabe como Ryan Reynolds descolou o papel principal no aclamado “Deadpool” (2016) após a performance sofrível deste filme. O roteiro repete a si mesmo e a outras histórias melhor trabalhadas, como a do “Homem de Ferro”: assim como Tony Stark, Hal Jordan, personagem de Reynolds, é um sujeito arrogante que se redime depois que começa a combater as forças do mal. A diferença é que Robert Downey Jr. conseguiu ir adiante. O elenco também parece estar dopado.

Leia também: Robert Downey Jr., Jared Leto e outros atores desperdiçados em filmes de super-herói

“O Besouro Verde”

Este filme era no mínimo intrigante: dirigido pelo francês Michel Gondry (“Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” e “Rebobine, Por Favor”), com roteiro e atuação de Seth Rogen (“Superbad”), a recriação do personagem lançado no rádio nos anos 1930 prometia. Infelizmente, a mistura não rendeu nada além de confusão, piadas internas e falta de carisma.

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