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Michael Moore: documentarista é conhecido pelas frequentes controvérsias que provoca com seus filmes | Molly Riley/Reuters
Michael Moore: documentarista é conhecido pelas frequentes controvérsias que provoca com seus filmes| Foto: Molly Riley/Reuters

O Globo de Ouro de 2017, realizado no domingo (9), foi fraco em humor, o que é algo notável em uma premiação conhecida por ser um tanto menos formal do que os outros eventos dedicados ao cinema. Mas, mesmo se o apresentador Jimmy Fallon tivesse sucesso, a noite teve determinante tom grave, embalado pelo emblemático discurso de Meryl Streep, que levou mais um prêmio para casa e aproveitou para criticar abertamente Donald Trump.

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A atriz mais poderosa da atualidade mudou o foco da noite, mas esta não foi a primeira vez que as noites de gala da sétima arte ganharam apelo político. Veja abaixo algumas situações.

Patricia Arquette pede igualdade salarial

A atriz ganhou o Oscar de coadjuvante por “Boyhood” em 2015 e aproveitou para emendar um pedido de equiparação salarial entre homens e mulheres. Após agradecer aos colegas, falou: “A todas as mulheres que deram à luz neste país, a todos que pagam impostos, nós temos que lutar por direitos iguais para todos. Está na hora de termos salários iguais de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”, disse. Meryl Streep, que perdeu a estatueta para ela, comemorou fervorosamente.

Artistas negros boicotam Oscar

Em 2016, a ausência de indicações a artistas negros pelo segundo ano consecutivo levou a um grande boicote de artistas como Spike Lee, Will Smith e sua mulher, Jada Pinkett-Smith. Chris Rock, o apresentador do ano passado, usou o episódio como material para seu monólogo de abertura. “Já pensaram que se eles tivessem indicações para apresentador eu sequer teria conseguido esse emprego?” No fim, explicou. “O que quero dizer é que não se trata de boicotar as coisas. O que queremos é oportunidade. Queremos que atores negros tenham as mesmas oportunidades. E só. Não só de vez em quando. Leo [DiCaprio] consegue um grande papel todo ano. Todos vocês conseguem grandes papéis o tempo todo. E os negros?”

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Michael Moore ataca Bush no Oscar

O documentarista Michael Moore ganhou a estatueta de melhor documentário no Oscar de 2003. “Tiros em Columbine”, que falava sobre a cultura armamentista norte-americana a partir da análise violento atentado que dois adolescentes organizaram em uma escola do Colorado. Acabou sobrando para George W. Bush, o então presidente. “Nós gostamos de não ficção e vivemos em tempos fictícios, com resultados eleitorais fictícios que elegem um presidente fictício. Estão nos enviando para a guerra por razões fictícias. Que vergonha, senhor Bush”, afirmou.

Homenagem a Elia Kazan rendeu climão

Elia Kazan virou persona non grata porque teria colaborado com o Macartismo, entregando colegas durante o período intenso da perseguição aos comunistas. Recebeu um Oscar honorário em 1999 das mãos de Martin Scorsese (que fez um documentário que o homenageava em 2010) e de Robert De Niro. Houve protestos na porta do Kodak Theatre, mas as vaias previstas não se concretizaram. No entanto, artistas como Ed Harris e Nick Nolte não se levantaram ou aplaudiram durante o discurso do diretor.

Marlon Brando manda ativista indígena para recusar Oscar

O ator brilhou como Don Vito Corleone em “O Poderoso Chefão” e levou o Oscar de melhor ator. Mas Brando nem se deu ao trabalho de ir à premiação. Mandou em seu lugar a ativista apache Sacheen Littlefeather para recusar a estatueta. O motivo era o tratamento dispensado aos índios americanos no cinema.

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