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Aparentemente despretensioso, longa-metragem segue a fórmula adotada por “Intocáveis” (2011). | Divulgação
Aparentemente despretensioso, longa-metragem segue a fórmula adotada por “Intocáveis” (2011).| Foto: Divulgação

Sabe aqueles filmes aparentemente despretensiosos, que fazem rir, emocionam, passam sem que você nem se dê conta do tempo e, no fim, te deixam com um sorriso no rosto? Assim é “Sobre Amigos, Amor e Vinho”, filme francês que, após passar pelo Festival Varilux, chega agora aos cinemas. Não é à toa que a produção foi um grande sucesso de público na França, levando mais de 1,5 milhão de espectadores aos cinemas e já alimentando rumores sobre uma possível sequência.

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Pode parecer simplista, mas a história do filme se resume exatamente ao que diz o título. Prestes a completar 50 anos, Antoine (Lambert Wilson) leva uma vida tranquila, ao lado da mulher, dos filhos e de um grupo fiel de amigos. Mantém a forma física se exercitando e seus únicos abusos são um ou outro caso extraconjugal. Um infarto repentino, porém, é o suficiente para mudar sua vida.

Escapando um pouco ao padrão seguido em filmes do gênero, Antoine não decide se tornar uma pessoa melhor ou viver os dias seguintes como se fossem os últimos. Sua decisão é a de ser apenas mais espontâneo: larga o emprego, come o que quiser, volta a fumar e abusa da sinceridade com os amigos. Afinal, assim como na vida real, são as amizades que tornam a jornada tão prazerosa quanto estressante.

Esses amigos podem muito bem ser a representação de qualquer grupo. Yves é o cara chato, que adora se gabar até se tornar insuportável; Baptiste é obcecado pela ex-mulher Olivia, mas não admite; Laurent tem a vida tomada por problemas financeiros, mas é orgulhoso demais para expor isso; e Jean-Michel é o solteiro atrapalhado.

A convivência entre eles, embalada por muita comida, vinhos, descobertas, risos e desentendimentos dita o ritmo do roteiro, que flui amparado no carisma e nas boas atuações dos atores.

“Sobre Amigos, Amor e Vinho” segue a fórmula adotada por outro conterrâneo bem-sucedido, “Intocáveis” (2011), que se equilibrava com destreza entre o humor e a sensibilidade.

Nesse novo filme, o charme maior está em fazer isso com situações que poderiam muito bem ter saído de um jantar com velhos conhecidos.

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