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Mateus Solano (à direita) interpreta juiz que confronta poderosos na fronteira Brasil-Paraguai. | Divulgação
Mateus Solano (à direita) interpreta juiz que confronta poderosos na fronteira Brasil-Paraguai.| Foto: Divulgação

Há mais de dez anos, muito antes de o paranaense Sérgio Moro ser exaltado como herói nacional, um outro juiz se destacou por confrontar gente poderosa, mandar criminosos de peso para atrás das grades e confiscar milhões em dinheiro obtido ilegalmente.

Seu nome era Odilon Oliveira, magistrado que em 2005 foi designado para a comarca de Ponta Porã, município do Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai. Sua história foi a inspiração para “Em Nome da Lei”, filme de Sérgio Rezende que chega aos cinemas encabeçado por astros globais.

Confira no Guia onde assistir ao filme

No filme, Vitor (Mateus Solano) é um juiz federal que chega à fronteira discretamente, mas logo se mostra decidido a combater o contrabando e o tráfico de drogas na região.

Com o apoio da procuradora Alice (Paola Oliveira) e do policial federal Elton (Eduardo Galvão), Vitor manda desengavetar todos os processos que envolvem Gomez (Chico Diaz), líder do crime que se mantém no posto com o amparo das autoridades.

Quando pensei o filme, jamais podia imaginar que seria lançado em um momento tão oportuno

Sérgio Rezende diretor de “Em Nome da Lei”.

Na vida real, Odilon se tornou o único juiz sul-mato-grossense a receber proteção policial permanente. Foi jurado de morte, andava com colete a prova de balas e em carros blindados. Situação parecida com a vivida pelo protagonista de “Em Nome da Lei”.

Na última quarta-feira (20), o diretor Sérgio Rezende conversou com a Gazeta do Povo a caminho de Campo Grande (MS), onde exibiria sua produção para Odilon Oliveira. Atualmente ele comanda a única vara do estado especializada em crimes financeiros.

“Quando li essa história na imprensa achei muito forte. Apesar de não ser uma biografia, tem muito da história dele [Odilon] nesse filme”, conta Rezende.

R$ 1 bilhão

Segundo informações divulgadas à época que Odilon Oliveira atuou na fronteira do Brasil com o Paraguai, o montante confiscado de traficantes ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão. Entre os bens apreendidos estavam fazendas, veículos, aviões, casas, apartamentos e dinheiro vivo.

De acordo com ele, a intenção não foi retratar exatamente a vida do juiz, mas todo o universo que envolveu sua carreira. “A fronteira é um território mítico e existem poucos filmes que exploram isso. Através das histórias que colhemos fizemos um mosaico dessa região”, diz.

O projeto de “Em Nome da Lei” começou a ser desenvolvido em 2012, época em que o Judiciário já estava em evidência com o processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Quatro anos depois, o filme é lançado no momento em que um juiz federal está no centro das atenções. “Quando pensei o filme, jamais podia imaginar que seria lançado em um momento tão oportuno”, conclui Rezende.

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