Histórias de superação são um filão interminável no cinema, principalmente quando se baseiam em fatos reais. Afinal, o público gosta de se emocionar e até mesmo se inspirar quando vê um herói de carne e osso, que consegue contrariar todas as expectativas de fracasso e se tornar um vitorioso. Eddie “the Eagle” Edwards, o saltador de esqui que protagoniza “Voando Alto”, é mais um deles.
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Eddie se tornou célebre nas Olimpíadas de Inverno de 1988 em Calgary (Canadá), como o primeiro competidor britânico da categoria. Foi o último colocado nos três saltos que fez, mas virou uma celebridade pelo carisma desajeitado e por ter chegado lá muito mais pela determinação do que pelo talento.
O filme dirigido por Dexter Fletcher romantiza, e bastante, a história de Eddie (interpretado por Taron Egerton). Tanto que o próprio atleta disse à BBC que apenas “em torno de 5%” do que se vê no filme é real.
Em “Voando Alto”, Eddie aparece como uma criança obstinada em disputar os Jogos Olímpicos em alguma modalidade. Depois de várias tentativas fracassadas, encontra no salto de esqui o esporte para realizar seu sonho.
Apenas com a cara e a coragem, sem jamais ter saltado, o jovem parte para a Alemanha, onde está a base de treinamento de algumas das principais seleções da categoria.
Entre tombos e ridicularizações, conhece Bronson Peary (Hugh Jackman), beberrão que no passado integrou a seleção americana de salto de esqui. Após muita insistência, ele se torna o treinador responsável por, da noite para o dia, preparar Eddie para as Olimpíadas.
O detalhe é que o personagem de Jackman, um dos pontos altos do filme, sequer existiu. Muito menos Warren Sharp, suposto treinador de Peary vivido por Christopher Walken. Para conseguir realizar seu sonho, Eddie contou com a ajuda de dois treinadores americanos.
Algo que “Voando Alto” reproduz fielmente é a comoção do público em torno de Eddie. Prova disso é que após a participação em Calgary, o saltador passou a ganhar a vida fazendo palestras motivacionais. E até ganhou uma canção em sua homenagem.
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