O RádioCaos faz 15 anos

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Você tem um rádio a pilha esquecido em algum canto da casa? Se tiver, no mês que vem se abrirá a chance de tirá-lo deste triste silêncio e proporcionar-lhe a volta por cima.

Ele vai poder encorpar o "bolo vivo" da festa de 15 anos do RádioCaos (nome que abriga o duo de produtores culturais, Samuel Lago e Rodrigo Barros Del Rei).

Sim, o programa "mais mal educado das rádios educativas e suas ideias em contrafluxo que entram por um ouvido e não saem pelo outro" completa uma década e meia de radiodifusão ininterrupta.

Vai celebrar com a circunstância que a data impõe, nos dois primeiros fins de semana de agosto.

Quatro shows no Teatro do Paiol estão certos (confira o serviço abaixo). O grande momento, entretanto, serão os cinco Happenings Poético-radiofônico-musicais em parques e outros logradouros públicos de Curitiba. Passeio Público, MON, São Lourenço, Barigui e Paço da Liberdade, a saber.

O projeto, batizado de RádioCaos Ultravox, é algo que os radiocausers estão amadurecendo há tempos. A ideia é apresentar o programa ao vivo com as provérbias performances de artistas, como Alexandre Nero, Maurício Pereira, Mário Bortolotto e o titular desta coluna, Luiz Claudio "Lobão" Oliveira.

Na plateia, uma "multidão" de rádios e celulares sintonizados em FM de baixas e controladas potências num raio de 80 metros em um local aberto.

A expectativa é um inusitado pandemônio de "som vídeo luz" do qual seu rádio pode tomar parte.

No site www.radiocaos.com.br/website você pode doar ou emprestar seu aparelho, que será devidamente devolvido após cumprida a sua missão.

Os eventos serão gravados em alta definição, mixados e editados em DVDs a serem distribuídos para bibliotecas e interessados e ficarão disponíveis em um ano em alguns canais gratuitos da internet que já vazam o conteúdo próprio produzido pelo RádioCaos.

Domingos

Em todos esses anos no ar, o programa divulgou bandas, músicos e poetas, educou ouvidos, apresentou novidades, quebrou alguns tabus. Também produziu, gravou e gerou acervo cultural.

Mais de 120 poetas, trocadilhistas, músicos e pensadores, gente distinta, como Rettamozo, Thadeu Wojciechowski, Os Mulheres Negras e alguns já falecidos, como Wally Salomão, Haroldo de Campos, Valêncio Xavier e Reinaldo Jardim foram registrados em áudio e vídeo. O programa tem seguidores. Eu confesso que, aos domingos, me preparo para ouvir e o faço até dentro dos estádios de futebol.