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Foi assim em Curitiba, em Londrina e o formato deve se repetir nos festivais de artes cênicas que ainda estão por vir. Durante alguns dias ou semanas, o público tem a oportunidade de assistir a uma seleção do "melhor" da cena nacional, uma espécie de vitrine do teatro, em que passam em desfile nossos espetáculos de maior êxito e destaque. Mas não deve ser essa a tônica do FIT - Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, que começa amanhã e se estende até o dia 24.

A ideia do evento é colocar-se na contramão dessa corrente e rejeitar o lugar de compêndio de sucessos, segundo o diretor Roberto Alvim, um dos curadores desta edição. "O festival não será uma vitrine do melhor. Não nos pautamos pelo critério da qualidade", pontua Alvim. "Nosso tema é a conquista da singularidade. Buscamos obras que não se utilizem de linguagens hegemônicas, reconhecíveis, mas que consigam construir modelos originais, uma nova sensibilidade."

A proposta de valorizar estéticas singulares parece sublinhar um perfil que o festival já desenhava. Em sua décima edição internacional, a mostra tradicionalmente prioriza grupos de pesquisa voltados a experimentações cênicas e dramatúrgicas. Neste ano, a programação, promovida pela prefeitura local e pelo Sesc, elegeu 33 trabalhos de coletivos nacionais e seis montagens estrangeiras.

Première

Ao contrário do que costuma ocorrer, um espetáculo brasileiro foi escolhido para a noite de abertura. Os cariocas da Armazém Companhia de Teatro encenam "Antes", peça concebida especialmente para o FIT e que deve fazer uma única apresentação. Outra estreia prevista para o evento é a de "Marcha para Zenturo", criação coletiva dos grupos XIX de Teatro e Espanca!

Na ala internacional deve chamar atenção a proposta do canadense Denis Marleau, "Os Cegos", com uma linguagem que combina instalação artística e performance. Dos Estados Unidos, vem a New York City Players, companhia do dramaturgo e diretor Richard Maxwell, que traz "Ode ao Homem Que se Ajoelha", uma subversão do gênero musical.

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