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O bom momento do cena rock em Curitiba não se deve somente à qualidade das bandas da cidade. O esforço e a perseverança no trabalho – que invariavelmente começa com uma reunião de amigos com alguns interesses em comum – e a criatividade na divulgação são ingredientes fundamentais para que uma banda deixe de ser promessa e tenha relevância inclusive nacionalmente. Essa é a opinião de Pamela Leme, jornalista de 25 anos que atua na área de produção cultural e co-fundadora da Agência Alavanca, responsável pelo convite feito aos músicos curitibanos.

"A escolha das bandas não foi aleatória. Não escolhemos simplesmente porque falaram a respeito delas. Curitiba sempre teve bandas boas e não é de hoje que a cena chama a atenção. O diferencial é que elas vêm com espírito empreendedor e colaborativo muito forte e sabem fazer uso da internet como instrumento de divulgação", disse Pamela. "O fato de algumas dessas bandas estarem crescendo é resultado de muito trabalho", completou.

A jornalista conheceu Heitor & Banda Gentileza, por exemplo, em 2007. Do quarteto Sabonetes, ficou sabendo antes de o grupo lançar o primeiro EP. "Mantenho contato há um bom tempo. Esses grupos que vieram mostram-se ativos na cena local e sabem que a coisa não cai do céu, que convite para festivais não vêm aleatoriamente. Não dá para ficar preso nesse tipo de ilusão: há que se fazer contatos e trocar experiências", explicou a produtora musical.

Prova viva do empenho dos curitibanos foi dada no próprio Inferno Club. Antes e depois do show da Gentileza, Heitor Humberto distribuia imãs de geladeira, mimo que – além do calendário que anexa – funciona como forma de divulgação: em destaque no pequeno objeto, o nome da banda e os contatos. (CC)

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