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Os foguetes fabricados pelos estudantes alcançam  alturas de 50 a  mil metros. | Crédito: Anna Sens
Os foguetes fabricados pelos estudantes alcançam alturas de 50 a mil metros.| Foto: Crédito: Anna Sens

Foram meses de testes e estudos até que a equipe composta por Wesley Dias de Almeida, Patrícia de Oliveira, André Borio e Rafael Garcia, estudantes de Ciências Exatas e Licenciatura em Computação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de Palotina, chegasse a sua obra-prima. Fita, papelão, cartolina, grampeador e combustível foram os materiais necessários para projetar seu minifoguete, com alcance de até 50 metros de altitude.

Os quatro estudantes inscreveram dois minifoguetes no 4.º Festival Brasileiro de Minifoguetes da UFPR, cujos lançamentos ocorrem nos dias 29 e 30 de abril. “Ficamos tão animados com o Festival que, a partir dele, decidimos criar um grupo de estudos sobre foguetes em Palotina”, conta a professora Mara Fernanda Parisoto, orientadora do grupo. Após 12 horas de viagem, a grande expectativa era se os foguetes subiriam com sucesso no campo de futebol do Centro Politécnico da UFPR, na manhã deste sábado (29). E foram felizes no resultado.

A quarta edição do evento contou com 39 equipes, vindas de 11 estados brasileiros. Outras universidades também estão envolvidas na organização, como a Universidade Positivo e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Os três dias de evento propõem uma programação intensa para os apaixonados pela ciência dos foguetes.

Murilo Specht e Leandro Giacomazzi da PUCRS que participaram do evento. Crédito: Anna Sens

No festival, os inscritos participam de categorias de acordo com a altura em que o foguete alcança. Pode ser pela Altura Máxima, ou seja, ganha quem sobe mais alto, e Altura Específica, que pode chegar a 50, 100, 500 e 1000 metros.

Mas a principal novidade deste ano foi a inclusão de estudantes do Ensino Médio na competição. Após passarem por dois semestres de estudos em uma disciplina isolada de Engenharia da UFPR, doze alunos do Colégio Estadual do Paraná participaram do campeonato com seus próprios foguetes. “Eles nem dormiram essa noite, ansiosos para mostrar o que aprenderam no último ano”, conta o professor do Observatório Astronômico e Planetário do CEP, Paulo Lagos. O projeto de inserção dos secundaristas na universidade segue sendo desenvolvido e terá uma nova turma este ano. A proposta é incentivar o interesse por áreas exatas e a continuidade dos estudos.

Grupo de foguetes do Rio de Janeiro. Crédito: Anna Sens

A maioria dos participantes do Festival de Minifoguetes chegou animada para a competição. Mas para o estudante Leandro Giacomazzi, de Engenharia Elétrica da PUCRS, de Porto Alegre, o evento vai muito além disso. “O campeonato é secundário. O mais importante é a experiência, essa confraternização entre pessoas de todos os lugares”, explica. Participando pela segunda vez do Festival, Leandro faz parte da ECSEF (Equipe Cruzeiro do Sul de Engenharia de Foguetes) ao lado de Murilo Specht, estudante de Engenharia Mecânica da mesma universidade, e começou a estudar foguetes para construir e projetar microgravidade.

Outra equipe participante do Festival traz a Curitiba 17 membros do Grupo de Foguetes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Para o presidente do grupo e mestrando em Matemática, Ronaldo Matos, o mais importante do evento é a multidisciplinaridade. O coordenador do Festival, Carlos Marchi, concorda. “Trabalhar com foguetes é ser multidisciplinar, pois envolve física, matemática, química, engenharia e muitos outros conhecimentos”, diz.

Programação

No domingo (30), a partir das 9h, o lançamento de foguetes se repete, mas na Fazenda do Canguiri, em Pinhais, exclusivo para participantes e com foco em foguetes maiores. Já na segunda, os vencedores de cada categoria serão premiados, e terá início uma exposição de minifoguetes e fotografias no Setor de Tecnologia da UFPR.

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