Programação
Confira o itinerário do projeto Sonora Brasil 2012, do Sesc:
Julho
Banda de Congo Panela de Barro (ES)
Curitiba (dia 9), Ponta Grossa (10), Guarapuava (11), Pato Branco (12), Francisco Beltrão (13), Cascavel (15), Umuarama (16), Maringá (17) e Londrina (18).
Agosto
Quarteto Colonial (RJ)
Curitiba (7), Ponta Grossa (8), Guarapuava (9), Pato Branco (10), Francisco Beltrão (11), Cascavel (13), Umuarama (14), Maringá (15) e Londrina (16).
Outubro
Caixeiras do Divino (MA)
Curitiba (10), Ponta Grossa (12), Guarapuava (13), Pato Branco (14), Francisco Beltrão (15), Cascavel (17), Umuarama (18), Maringá (19) e Londrina (20).
Novembro
Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança (PA)
Curitiba (9), Ponta Grossa (10), Guarapuava (11), Pato Branco (12), Francisco Beltrão (13), Cascavel (15), Umuarama (16), Maringá (17) e Londrina (18).
"As pessoas estão sendo cada vez mais cooptadas a sair de casa para cantar junto ou dançar. Mas o hábito de sair para apreciar, para fruir, para conhecer o novo, e a curiosidade pelo desconhecido estão sendo perdidos."
Gilberto Figueiredo, coordenador do Sonora Brasil.
"Não é só tocar, mas também mostrar de onde veio. Isso é o bom da ligação com o público."
Marcos Pereira, percussionista da Banda de Congo Panela de Barro.
Um ano depois de receber apresentações de grupos ligados ao repertório do acordeão, por meio do projeto temático Sonora Brasil Formação de Ouvintes Musicais, nove cidades paranaenses vão sediar, de julho a novembro, apresentações de quatro grupos de música vocal ligada a manifestações religiosas. A primeira atração da 15.ª edição do projeto itinerante, cujo tema para o Sul e o Sudeste é "Sagrados Mistérios: Vozes do Brasil", é a Banda de Congo Panela de Barro, do Espírito Santo, que será seguida pelos grupos Quarteto Colonial (Rio de Janeiro), Caixeiras do Divino (Maranhão) e Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança (Pará) (confira o calendário de apresentações ao lado). Os quatro grupos de acordeão que percorreram a região no ano passado estão se apresentando agora no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.
A estreia em Curitiba é no dia 9 de julho, no Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/n.º) um local pequeno, em consonância com os outros teatros escolhidos para o circuito em todo o país. A característica é observada para que os espetáculos, todos ligados à tradição oral e da música de concerto, valorizem uma sonoridade mais pura.
Desconhecido
O comprometimento com os conceitos é uma das marcas do projeto de circulação musical, organizado pelo Sesc. A seleção das atrações descobertas e escolhidas em conjunto por técnicos da instituição em todo o país , segue a diretriz do "desenvolvimento histórico" de uma música "genuinamente brasileira" e carente de divulgação. Alguns dos últimos temas foram o violão brasileiro e os compositores Heitor Villa-Lobos (18871959), César Guerra-Peixe e Claudio Santoro.
O olhar de valorização de manifestações de pequena visibilidade e apelo comercial ajudaria a difundir a diversidade cultural brasileira e problematizaria a produção e a difusão da música no país, formando plateias críticas. "Estamos vivendo um momento em que pessoas estão sendo cada vez mais cooptadas a sair de casa para cantar junto ou dançar. Mas o hábito de sair para apreciar, para fruir, para conhecer o novo, e a curiosidade pelo desconhecido estão sendo perdidos", disse o assessor técnico para música do Sesc e coordenador do Sonora Brasil, Gilberto Figueiredo, em entrevista coletiva concedida em Salvador (BA), na quinta-feira passada, quando a edição 2012 foi lançada nacionalmente. "O projeto ajuda a trazer isso de volta. E, quando traz o hábito, traz uma contribuição não só para o artista, mas para toda a produção atual."
Contextualização
Este contato com o desconhecido é complementado pela contextualização dos espetáculos, feita pelos próprios músicos ao longo das apresentações. "O diferencial está aí. Não é só tocar, mas também mostrar de onde veio. Isso é o bom da ligação com o público", afirmou o percussionista da Banda de Congo Panela de Barro, Marcos Pereira, também presente na coletiva. O grupo capixaba apresentou parte de seu repertório ligado às festividades religiosas em devoção a São Benedito no lançamento do Sonora Brasil.
Figueiredo complementa: "Quando concerto é contextualizado com referências históricas, teóricas e da experiência social de cada grupo, muitas vezes o público sai dali querendo conhecer mais sobre aquilo", alegou o coordenador. O fenômeno, de acordo Figueiredo, acontece com o próprio Sonora Brasil. "As cidades que realizam o projeto há muitos anos já têm um público que vai assistir ao Sonora Brasil, independentemente do tema."
O jornalista viajou a convite do Sesc.
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