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Cena do filme "Distrito 9" | Divulgação
Cena do filme "Distrito 9"| Foto: Divulgação

Num ano cheio de sucessos inesperados sem grandes estrelas no elenco, "Distrito 9" surge como um campeão de bilheteria ainda mais inesperado do que a comédia "Se Beber, Não Case", feita sob medida para agradar multidões, ou o thriller sobrenatural "Atividade Paranormal".

Rodado com um orçamento relativamente baixo para a indústria - cerca de 30 milhões de dólares - e com elenco e diretor (Neill Blomkamp) desconhecidos, "Distrito 9" reverteu a sabedoria convencional de Hollwyood ao combinar uma alegoria sobre o apartheid com uma boa dose de ação.

A mistura já rendeu mais de 200 milhões de dólares nas bilheterias mundiais e também obteve uma boa repercussão da crítica.

"Foi uma verdadeira surpresa as ótimas críticas que tivemos", disse o sul-africano Sharlto Copley, 35 anos, à Reuters. "Eu esperava que as pessoas fossem encontrar todo tipo de buracos (na trama) e problemas com a minha atuação, mas acho que os críticos passaram por cima de muitas coisas simplesmente porque é um filme com muito frescor".

"Distrito 9" coloca elementos bem comerciais, como alienígenas e violência, em um ambiente totalmente novo, junto com um subtexto político e um personagem inesperado num filme de gênero - o burocrata nerd interpretado por Copley.

Wikus, o personagem de Copley, que não é ator profissional, interpreta um funcionário sul-africano encarregado de retirar cerca de 2 milhões de extraterrestres de uma "township" (favela) de Johanesburgo, mas acaba sendo perseguido por seus próprios empregadores.

"Fiz o filme para mim, que é a única forma que eu acho que se deve fazer um filme", disse Blomkamp, nascido em Johanesburgo. "Achei que fosse agradar a um pequeno núcleo de fãs exaltados de ficção científica, então toda aclamação da crítica tradicional me apanhou desprevenido".

Mas será que "Distrito 9" tem chances de vencer o Oscar neste ano, já que a categoria de melhor filme passou de cinco para dez indicados?

"Todos estão muito curiosos sobre como ele irá se sair (na premiação)", disse o crítico Leonard Maltin, do programa de TV "Entertainment Tonight".

"É um dos filmes mais comentados do ano, e com razão. É um dos filmes mais originais deste e de qualquer ano", acrescentou.

Historicamente, o Oscar premia filmes de fantasia e ficção científica em todas as categorias, menos na principal, segundo Maltin.

Blomkamp, de 30 anos, disse que ficará chocado se "Distrito 0" for indicado ao Oscar de melhor filme. "Mas acho que Sharlto merece uma indicação (de melhor ator), embora eu não saiba se isso é realista."

Tanto Copley quanto Blomkamp já estão recebendo convites para projetos em Hollywood.

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