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Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) assume de vez o papel de herói | Divulgação
Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) assume de vez o papel de herói| Foto: Divulgação

Cinema

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O Hobbit: a Desolação de Smaug, que estreia no Brasil neste fim de semana simultaneamente aos Estados Unidos, enfrenta com bravura o desafio de manter acesa a chama do interesse do público, à espera do desfecho da trama, que virá apenas no fim de 2014, quando for lançado O Hobbit: Lá e de Volta Outra Vez. A série é baseada no romance homônimo de J.R.R. Tolkien, publicado em 1937.

A exemplo de outros segundos capítulos, mais notadamente O Império Contra-Ataca (da primeira trilogia Star Wars) e As Duas Torres (da saga O Senhor dos Anéis), O Hobbit: a Desolação de Smaug desenvolve bastante bem os conflitos apresentados, ou sugeridos, no primeiro episódio, e deixa o espectador no ápice emocional da trama – na pontinha da corda sobre um precipício. E, em todos os aspectos, supera o filme inicial.

Não faltam a esse segundo capítulo memoráveis sequências de ação, filmadas com inventividade por Peter Jackson, ainda que ele exagere um tanto na duração: 161 minutos. Entre os bons momentos, o confronto de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), ao lado do esquadrão de anões, com um exército de aranhas gigantescas, e o tenso, longo e espetacular enfrentamento entre o hobbit e o dragão Smaug (dublado por Benedict Cumberbatch, da série Sherlock), uma criatura bastante eloquente.

A mais incrível de todas, contudo, talvez seja uma passagem que é apenas citada no livro de Tolkien: a sensacional fuga dos anões em tonéis pelas águas de uma corredeira, sob o fogo cerrado dos horripilantes orcs.

Herói

Neste segundo filme, Bilbo, antes hesitante e medroso, aceita o desafio que lhe é proposto, na melhor tradição da Jornada do Herói, paradigma narrativo que serviu de objeto de estudo para o mitologista Joseph Campbell. Em A Desolação de Smaug, os anões precisam do personagem como ladrão, para roubar a pedra de Arken, essencial ao plano de reconquista dos domínios de seu povo, o reino de Erebor, agora ocupado pelo dragão.

Bilbo assume o protagonismo na trama ao mesclar bravura, humor e um intrigante lado sombrio, que se manifesta toda vez que ele recorre ao simbólico anel da invisibilidade, surrupiado de Gollum no episódio anterior. A joia mágica sempre o salva de alguma situação arriscada ao longo da jornada ao lado dos anões, chefiados por Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage) na luta para retomar Erebor.

Dos personagens também presentes em O Senhor dos Anéis, continua na trama, obviamente, o mago Gandalf (Ian McKellen), que faz uma trilha em separado rumo à Montanha Solitária, e deixa Bilbo e os anões entregues à própria sorte no percurso pela Floresta das Trevas. Quem ingressa no enredo de O Hobbit neste episódio são os elfos, que, no futuro, serão aliados dos anões, mas agora são seus inimigos e até os aprisionam a mando de Thranduil (Lee Pace), pai de Legolas (Orlando Bloom). Este último, aliás, ganhou uma parceira, a destemida Tauriel (Evangeline Lilly, da série Lost). GGG1/2

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