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Sede do antigo Cine Luz, no Centro de Curitiba. | Antonio Costa/Gazet ado Povo
Sede do antigo Cine Luz, no Centro de Curitiba.| Foto:

Fechado desde 2009, o antigo Cine Luz, na Rua XV de Novembro, na altura da Praça Santos Andrade, voltará a fazer parte do circuito cultural da cidade. O prefeito Gustavo Fruet (PDT) assinou na tarde desta segunda-feira (17) uma outorga que concede a administração do local à Bienal Internacional de Curitiba. A proposta foi do vereador Helio Wirbiski (PPS).

A principal ideia é fazer com que o espaço funcione como centro administrativo da Bienal a partir de 2016, além de proporcionar consultas públicas gratuitas. “Possuímos o maior acervo bibliográfico sobre arte contemporânea e cinema do sul do país, mas que fica restrito. Agora vamos poder disponibilizar isso”, explica Luiz Ernesto Meyer Pereira, diretor geral da Bienal de Curitiba – que opera hoje num escritório de três ambientes na Rua Carlos de Carvalho. A próxima edição do evento é neste ano, começa no dia 3 de outubro e vai até 6 de dezembro.

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Será necessária uma reforma para adaptar o subsolo do antigo Cine Luz às funções previstas na concessão. A verba para as readequações virá da própria Bienal – não há um valor estimado. “Houve uma mudança na legislação para uso de espaços com essas características. Precisamos atender as exigências de segurança”, diz Pereira.

O projeto estava tramitando há pelo menos dois anos, envolveu também o IPPUC -- Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba – e foi “inspirado” na prefeitura de São Paulo, que cedeu o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, à Bienal de Artes.

O Cine Luz foi projetado em um subsolo e, em 2009, já não atendia as regras de acessibilidade e segurança. Foi interditado em novembro daquele ano pelo Corpo de Bombeiros e Ministério Público, que concluíram que o espaço não era adequado para atividades públicas. Na época, a gestão da Fundação Cultural, comandada por Paulino Viapiana (hoje secretário estadual da Comunicação), concluiu que não valeria a pena realizar todas as adequações exigidas devido aos custos. Houve uma tentativa de leilão em 2012, sem interessados.

No mesmo ano em que o cinema fechou, o prédio do antigo quartel do Exército, na Rua Riachuelo, passou para a Fundação Cultural (que deixou de administrar o Luz). A iniciativa fortaleceu a intenção de reativar cinemas de rua extintos na região. A licitação já foi aberta e está em análise.

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