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Começa hoje à noite o 66º Festival de Cinema de Veneza, com apresentação da diva Maria Gracia Cuccinotta (de "O Carteiro e o Poeta") e estreia mundial do novo filme de Giuseppe Tornatore, "Baarìa", primeiro concorrente ao Leão de Ouro.

Neste ano, o Brasil não terá nenhum representante na disputa ao prêmio. Numa mostra cheia de nomes famosos como Patrice Chéreau, Werner Herzog, Michael Moore, Jacques Rivette e Giuseppe Tornatore, coube aos brasileiros o consolo de ter dois filmes na mostra paralela Horizontes. Ambos dirigidos em duplas: "Viajo porque Preciso, Volto por que Te Amo", de Karin Aïnouz e Marcelo Gomes; "Insolação", de Daniela Thomas e Felipe Hirsch.

A mostra Horizontes é importante. Define-se como a seção que privilegia "as novas correntes do cinema mundial". E distribui troféus: o Prêmio Horizontes e o Horizontes Doc, para os documentários. Mas não leva ao Leão de Ouro, ainda inédito no País. Dos três grandes festivais, o Brasil já faturou uma Palma de Ouro em Cannes ("O Pagador de Promessas") e dois Ursos de Ouro em Berlim ("Central do Brasil" e "Tropa de Elite"). Mas o prêmio principal de Veneza terá de esperar outra ocasião.

A presença brasileira no festival não se restringe aos filmes que participarão da mostra Horizontes. Na seção Corto Cortissimo entra "O Teu Sorriso", de Pedro Freire, com Paulo José e Juliana Carneiro da Cunha. E coube ao diretor Walter Salles o privilégio de ser distinguido com o prêmio Robert Bresson, que lhe será entregue dia 4. Walter já havia participado de Veneza como concorrente, com "Abril Despedaçado". Agora vai receber uma distinção destinada a obras que trazem valores espirituais em seu conteúdo, e já foi outorgada a cineastas como Manoel de Oliveira, Alexandr Sokúrov e Theo Angelopoulos. É mais um sinal do reconhecimento internacional do diretor de "Central do Brasil" e "Linha de Passe".

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