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A atriz Anne Hathaway (à dir.) foi indicada ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em O Casamento de Rachel | Divulgação
A atriz Anne Hathaway (à dir.) foi indicada ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em O Casamento de Rachel| Foto: Divulgação

Os mais desejados

Confira os filmes mais mencionados pelos 42 internautas.

O Casamento de Rachel (13/02/09) – 11 votos

Dúvida (06/02/09) – 10 votos

Serras da Desordem (28/03/08) /Nome Próprio (18/07/2008) – 6 votos cada um

Frozen River (20/02/09) – 4 votos

Leonera (07/11/08), Frost/Nixon (06/03/09), O Menino do Pijama Listrado (12/12/08) – 3 votos cada um

O internauta Mateus baixou o filme O Menino do Pijama Listrado (2008), de Mike Herman, na internet. "Se for esperar passar no cinema eu não vou ver nunca", comenta no post "Que Filmes Gostaríamos de Ver em Curitiba", publicado pelo editor do Caderno G Paulo Camargo em seu blog Central de Cinema (www.gazetadopovo.com.br/blog/centraldecinema).

Ele e outros 42 leitores que deixaram sua opinião no blog até o fechamento desta edição, na manhã de ontem (20), aguardam para assistir no cinema filmes que já estrearam no Brasil, mas só para variar não chegaram a Curitiba. Os mais esperados são produções que foram inclusive indicadas ao Oscar deste ano: O Casamento de Rachel (2008), de Jonathan Demme, e Dúvida (2008), de John Patrick Shanley.

Em seguida, estão os filmes nacionais Serras da Desordem (2005), de Andrea Tonacci, e Nome Próprio (2007), de Murilo Salles. O primeiro, que já estreou em outras capitais há um ano, é um documentário sobre o índio Carapirú, que sobreviveu a um massacre e foi levado, em 1988, a Brasília pelo sertanista Sydney Possuelo. A produção foi premiada no Festival de Gramado de 2006, onde ganhou os Kikitos de melhor filme, diretor e fotografia.

Nome Próprio – livre adaptação da obra da escritora gaúcha Clarah Averbuck também premiada em Gramado como melhor filme, melhor direção de arte e melhor atriz, para Leandra Leal – estava previsto para ser lançado aqui no dia 18 de julho passado, no Unibanco Arteplex. Mas o diretor preferiu aguardar para exibi-lo logo após o 3º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino, do qual esperava participar, em outubro passado. "Não fui selecionado e aí, como o filme já havia saído em outras cidades, o exibidor não quis lançar", explica Salles, admitindo ter cometido um erro de decisão.

"O filme foi surpreendentemente bem no mercado brasileiro. Foi lançado em todas em capitais, só falta Curitiba", diz ele, que pretende lançá-lo em DVD em maio ou junho. "Espero que o exibidor mude de ideia antes disso e a gente consiga mostrá-lo aí", diz.

Lançamento digital

Se os filmes não chegam, o jeito é baixar na internet ou apelar para o Movie Mobz, rede de mobilização virtual que permite aos cinéfilos criar comunidades para votar em produções que desejam ver em sua cidade. "Acho que a incompetência das distribuidoras é tamanha que eles já perderam a guerra do público para a internet", escreve o internauta Maurício Hessel.

O programador Elias Oliveira explica que o trabalho de quem distribui os chamados "filmes de arte" é mais difícil do que as pessoas imaginam. Sua distribuidora, a Imovision, ainda não conseguiu vaga por aqui para trazer os franceses Um Conto de Natal, de Arnaud Desplechin, e A Bela Junie, de Christophe Honoré, ambos de 2008. "Há poucas salas para os filmes alternativos e, muitas vezes, os exibidores se sentem na obrigação de exibir filmes comerciais", explica.

"Não desmerecendo Curitiba, mas as pessoas daí não se mostram supermotivadas para ir ao cinema. Para consumir este produto, tem de gostar, se instruir pelo jornal, a pessoa não vai voluntariamente", diz. Ele reclama da falta de críticos na cidade. "A gente tem um espaço muito reduzido, precisamos de matérias, pois não temos como investir em mídia", justifica Oliveira.

Uma boa notícia. O programador informa que, com o sistema da Rain, que digitaliza os filmes e os envia via satélite para os exibidores, já é possível realizar lançamentos simultâneos em todos os estados – o que só era feito no eixo Rio de Janeiro-São Paulo-Porto Alegre-Brasília. Isso soluciona em parte o problema da escassez de cópias (A Bela Junie, por exemplo, tem apenas duas). "Além disso, é mais econômico, não precisa pagar transporte para as latas", diz Oliveira.

Em Curitiba, o sistema viabilizou a exibição, no Unibanco Arteplex, do filme Entre os Muros da Escola, de Laurent Cantet, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes deste ano. "O filme foi visto por 700 espectadores no último fim de semana em Curitiba", comemora Oliveira.

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