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Livro

Autores e Ideias (foto 1)

Mona Dorf. Benvirá. 272 págs. R$ 34,90. Entrevistas.

A jornalista Mona Dorf entrevistou, desde 2006, pelo menos 500 escritores para o programa Letras & Leituras, da Rádio Eldorado, de São Paulo. De autores que despontaram em tempos recentes, como Daniel Galera e Marcelino Freire, a vozes consagradas, como João Ubaldo Ribeiro. O resultado é um painel com o pensamento daqueles que escrevem a literatura brasileira.

Por que ler: para saber o que personalidades do mundo literário pensam a respeito de diversas questões. Cristovão Tezza, colunista da Gazeta do Povo, conta que desde a adolescência foi sendo escrito pela sua própria escrita. O amazonense Milton Ha­­toum afirma que "não se pode es­­crever sem viver e ler com intensidade e, ao mesmo tempo, sem recusar o que nós fomos". Bernardo Carvalho acredita que "se você ler um livro na hora certa, vai gostar dele. Mas, se pegar o mesmo livro na hora errada, são grandes as chances de achá-lo uma porcaria." De modo geral, Autores e Ideias é a pedida certa para quem gosta da literatura brasileira e tem curiosidade e saber o que os autores têm a dizer. (MRS)

DVD

O Pequeno Nicolau (foto 2)

França, 2009. Direção de Laurent Tirard. Imovision. Classificação indicativa: livre. Apenas para locação. Comédia.

Há um aspecto sensacional em O Pequeno Nicolau, filme de Laurent Tirard, baseado no célebre personagem criado por René Goscinny e Sempé. Ao levar pela primeira vez ao cinema as aventuras do garotinho – que está para a literatura infanto-juvenil francesa, assim como Pedrinho, do Sítio do Picapau Amarelo, está para a nossa –, a adaptação, que chega nesta semana às locadoras, consegue se comunicar muito bem com crianças e adultos de qualquer país.

Grande parte da empatia ge­­rada por O Pequeno Nicolau vem do excepcional elenco infantil, sobretudo do encantador garoto Maxime Godart, que vive o personagem-título. Na sequência inicial, Nicolau não sabe o que quer da vida. No desfecho, depois de uma série de aventuras e trapalhadas hilariantes, descobre que quer fazer as pessoas rirem. E acaba levando o público às lágrimas.

Por que assistir: o filme fez mais de 5 milhões de espectadores na França. Não é de espantar. Tudo nele funciona, do roteiro, muito bem amarrado, à impecável direção de arte, que reproduz com fidelidade a França idealizada dos anos 50 e 60. A opção por não atualizar a trama foi muito acertada. Um sentimento de nostalgia, de ingenuidade perdida, permeia todo o filme. (PC)

HQ

Notas sobre Gaza (foto 3)

Joe Sacco. Tradução de Alexandre Boide. Companhia das Letras, 432 págs., R$ 55. História.

O jornalista Joe Sacco faz uma fusão fascinante de História, reportagem e quadrinhos. Livros como Palestina – Uma Nação Ocupada lhe valeram prêmios e admiração internacionais. Notas sobre Gaza marca sua estreia na Companhia das Letras – antes, foi publicado pela Conrad – e o retorno a um dos temas primordiais de seus livros: o embate entre israelenses e palestinos.

No livro novo, sua proposta é recuperar dois episódios ocorridos em 1956, quando centenas de civis foram mortos pelo exército israelense nas cidades de Khan Younis e Rafah. As explicações para o massacre são confusas e até hoje não se sabe exatamente o que aconteceu. De acordo com um relatório da ONU, os soldados teriam se desesperado ao ver uma multidão em fuga e abriram fogo.

Preste atenção: no estilo de Joe Sacco. Os desenhos são todos em preto e branco e tem uma dramaticidade impressionante. Embora seja econômico nos traços, ele consegue transmitir uma quantidade grande de informações, como quando desenha um velho de rosto enrugado ou na sucessão de quadros e imagens fortes que descrevem um momento crucial da história, quando os civis palestinos são enfileirados com os rostos voltados para um muro e sofrem todo tipo de maus-tratos pelos militares israelenses. (IBN)

Exposição

Sinopse (foto 4)

Casa Andrade Muricy (Al. Dr. Muricy, 915), (41) 3321-4798. De terça a sexta-feira, das 10 às 19 horas; sábado e domingo, das 10 às 16 horas. Até 27 de fevereiro.

Sempre que necessita de uma imagem para servir de matriz para uma de suas fotografias-pinturas, o artista alemão Ger­­hard Ri­­chter, recorre ao imenso acervo de fotografias de jornal, de fotógrafos amadores e de autoria própria, que começou a formar em 1945, e que foi publicado e exibido pela primeira em 1971, sob o título Atlas. Algumas dessas imagens serviram de base para a criação de parte das 27 obras escolhidas pelo próprio Richter para compor a exposição Sinopse, evento do Instituto Goethe em cartaz na Casa Andrade Muricy. Está lá, por exemplo, a obra "Betty", de 1991, baseada em uma foto que Richter fez da filha, em 1978, e pintada dez anos depois. Há também trabalhos que revelam a preocupação permanente do artista em tematizar a história contemporânea da Alemanha como, por exemplo, o conhecido ciclo "18 de Outubro de 1977", sobre a morte dos integrantes da RAF que cumpriam pena na prisão Stamm­­­­heim.

Por que visitar: A retrospectiva apresenta as múltiplas facetas de criação do prestigiado artista, pouco afeito às tradições – das fotografias-pinturas, iniciadas em 1960, até as pinturas abstratas, como as chamadas "cinzas", criadas a partir de fotografias, nos anos 60, e as coloridas e realizadas em camadas, dos anos 80. (AV)

Série

Fringe – Segunda temporada (foto 5)

EUA, 2010. Criada por J. J. Abrams. Warner. Caixa com seis discos. Preço médio: R$ 129,90. Ficção científica.

Criada por J. J. Abrams, o homem responsável pelo fenômeno Lost, a série Fringe não pretende ser original, já que tem inúmeras se­­melhanças com Arquivo X. Tam­­bém trata de uma subdivisão do FBI, encarregada de esclarecer ca­­sos que sempre tangenciam o fantástico, o sobrenatural, quando não o extraterrestre. Só que, ém vez de ser protagonizada por uma dupla, Fringe tem três personagens centrais: a agente especial Olivia Dunham (Anna Torv), o amalucado e genial cientista Walter Bishop (John Noble), que esteve internado em uma clínica psiquiátrica por mais de 15 anos, e seu filho Peter Bishop (Joshua Jack­­son, o Pacey da série Dawson’s Creek), um sujeito de passado suspeito, mas capaz não apenas de interpretar os delírios do pai, mas também de lidar com as situações mais inusitadas.

Por que assistir: a segunda temporada oferece ao espectador fã de ficção científica e tramas policiais uma coleção de histórias muito inventivas, que podem envolver desde uma linhagem de alienígenas carecas, que há séculos acompanha grandes acontecimentos no planeta, até o misterioso caso de um cosmonauta russo em coma, cujo corpo projeta uma sombra capaz de transformar em pó qualquer ser vivente. Além da imaginação. (PC)

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