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Patrick Swayze dá primeira entrevista depois de tratamento contra câncer | Mario Azuoni/Reuters
Patrick Swayze dá primeira entrevista depois de tratamento contra câncer| Foto: Mario Azuoni/Reuters
  • Patrick Swayze ao lado de Jennifer Grey, em foto promocional de um de seus maiores sucessos,

O ator Patrick Swayze, em sua primeira entrevista à TV desde que teve diagnosticado um câncer de pâncreas, disse estar irritado, assustado, "passando por um inferno" e que pode ter apenas mais dois anos de vida.

Um ano após receber o diagnóstico de uma das formas mais letais da doença, o astro de "Dirty Dancing" disse à apresentadora Barbara Walters, da ABC, que já desafiou as médias de sobrevida e reportagens prevendo que ele já deveria "estar morto há muito tempo".

Mas reconheceu que seu tempo pode ser curto. "Eu diria que cinco anos seriam algo bem desejável. Dois anos parecem prováveis se você acredita nas estatísticas. Eu quero durar até que se descubra uma cura."

Segundo a Sociedade Americana do Câncer, o câncer pancreático tem um índice de apenas 5% de pacientes que sobrevivem por cinco anos com a doença. A maior parte deles morre em até seis meses.

"Pode apostar que estou passando por um inferno", disse Swayze.

"Há muito medo aqui... É, estou assustado. É, estou irritado. É, fico (me perguntando) 'Por que eu?,'" disse Swayze, 56 anos, em entrevista que vai ao ar na quarta-feira.

No mês passado, Swayze desmentiu versões dos tabloides de que estaria às portas da morte. A Walters, ele disse que os médicos classificaram sua doença no estágio 4, com metástase para o fígado.

O ator e dançarino já se submeteu a uma agressiva quimioterapia e a um tratamento com uma droga experimental. E surpreendeu os colegas ao começar a filmar uma série policial de TV, "The Beast", enquanto estava fazendo quimioterapia, e sem recorrer a analgésicos.

"Acho que todos acharam que eu estava maluco, sabe, por achar que eu suportaria um programa de TV", afirmou ele, referindo-se às 12 horas diárias de gravações, muitas delas nas noites frias de Chicago.

"Quando você está gravando, não pode usar medicamentos", disse Swayze, sobre a razão de abrir mão dos analgésicos. "Não posso usar Hydrocodona ou Vicodin, ou esse tipo de coisa que bloqueia (a dor), porque bloqueia o cérebro."

Em cinco meses de gravação, Swayze faltou a apenas um dia e meio de trabalho. "The Beast" começa a ser exibido nos EUA pelo canal a cabo A&E no dia 15.

Swayze ficou mundialmente conhecido por viver um professor de dança em "Dirty Dancing" (1987), que inspirou musicais nos palcos de Londres, da Austrália e do Canadá. Em 1990, contracenou com Demi Moore em "Ghost".

Casado há 33 anos com Niemi, Swayze disse ter ficado comovido com as demonstrações de carinho dos fãs no último ano, embora não queira se tornar um símbolo da vida com o câncer.

"Continuo sonhando com um futuro, um futuro com uma vida longa e sadia, não vivida à sombra do câncer, mas à luz", disse Swayze a Walters. "Para mim, vencer é não desistir, não importa o que me toque, posso pegar. E posso ir adiante."

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