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Foto de arquivo de Diana, em 1997 | AFP PHOTO / JAMAL A. WILSON
Foto de arquivo de Diana, em 1997| Foto: AFP PHOTO / JAMAL A. WILSON

Passados 15 anos desde sua trágica morte, que representou um dos momentos mais difíceis para a monarquia britânica, a princesa Diana, paradoxalmente, se transformou em um verdadeiro exemplo de popularidade para a família Windsor.

No dia 31 de agosto de 1997, a chamada "princesa do povo" morria junto com seu namorado Dodi al Fayed em um acidente de trânsito em um túnel da capital francesa, enquanto o carro que levava o casal era perseguido por paparazzi.

Seu trágico destino gerou uma onda de histeria e dor no Reino Unido, onde a reação da rainha Elizabeth II foi vista com tanta frieza que chegou a comprometer perigosamente seus índices de popularidade.

Os arredores do palácio de Buckingham encheram-se de flores, cartas, mensagens de luto e demonstrações de carinho à ex-mulher do príncipe Charles, a quem os britânicos viam como uma verdadeira vítima das conspirações do palácio.

A decisão de Elizabeth II, que se encontrava na Escócia, de não voltar a Londres após o acidente que causou a morte de sua ex-nora e mãe de dois de seus netos indignou os britânicos e provocou uma onda de críticas até então inimaginável para a respeitada soberana.

A partir daí começaram as teorias de conspiração em torno da morte da princesa de Gales, que se transformou em uma verdadeira dor de cabeça para a monarquia britânica.

Durante esses 15 anos, muitas coisas mudaram. Elizabeth II conseguiu recuperar a credibilidade de seus súditos, o que ficou evidente nas celebrações de seu Jubileu de Diamante no último mês de junho, enquanto Diana, que até então representava um problema, passou a ser um exemplo para a casa real mais famosa do mundo.

"A Firma", como são conhecidos os Windsor, teve que se adaptar aos novos tempos e, principalmente, aprender com seus erros.

O desfecho desta impecável estratégia de relações públicas se consolidou com o casamento do príncipe William, filho mais velho de Diana e Charles, com Kate Middleton em 2011.

A oficialização da relação de oito anos ganhou destaque, entre outros fatores, pelo fato de Kate também não ter sangue azul, assim como a própria Lady Di. No entanto, o casamento do príncipe William não ficou reconhecido como uma união "arranjada", como a de seus pais, que praticamente não se conheciam quando se casaram.

O casamento do príncipe William, testemunhado por meio mundo e vendido como um verdadeiro conto de fadas, criou um novo ícone capaz de revitalizar a imagem da realeza britânica. Isso porque, a imprensa recebeu a sorridente duquesa de Cambridge como uma espécie de nova Diana.

Além disso, tanto William como Harry - o polêmico caçula -, seguiram o exemplo da mãe. Além da imagem de meninos normais, ambos os príncipes também são ligados aos projetos humanitários, algo que fez Lady Di ganhar muita popularidade.

Em 2008, após uma longa e custosa investigação sobre o acidente, o motorista do veículo - que estaria bêbado - foi declaro culpado pela tragédia, assim como os "paparazzi" que perseguiam o carro que levava Diana e Dodi al Fayed.

Desta forma, o júri popular descartou que Diana tivesse sido assassinada, como foi especulado durante anos, e colocou um fim nas teorias da conspiração.

Apesar da imagem de Lady Di não ficar imune a ação do tempo, um novo filme sobre a "princesa do povo" pretende resgatar seu prestígio. Intitulado "Diana", o filme, que se concentrará nos dois últimos anos de vida da princesa e apresentará a atriz australiana Naomi Watts no papel principal, já está sendo rodado em Londres.

O longa, que deve estrear somente em 2013, deverá recuperar o interesse midiático desta personagem que, embora realmente querida e admirada, desapareceu das capas dos jornais e revistas que ocupou mesmo depois de sua morte.

Após pôr fim nas especulações em torno da morte de Lady Di, os Windsor fizeram as pazes com sua memória, enquanto a princesa Diana pôde descansar em paz depois de 15 anos.

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