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O cineasta Roman Polanski | Reuters
O cineasta Roman Polanski| Foto: Reuters

O cineasta foragido e premiado com o Oscar Roman Polanski quer desqualificar o sistema judiciário do condado de Los Angeles, que julga o seu processo por erro de conduta sexual que o levou a fugir dos Estados Unidos para a França, três décadas atrás.

Advogados do cineasta de 75 anos apresentaram documentos num tribunal, na noite de segunda-feira, pedindo que a questão seja encaminhada ao Conselho Judiciário da Califórnia para "a seleção de um responsável judicial imparcial, de fora do condado".

A iniciativa legal mais recente se dá um mês depois de os advogados de Polanski terem registrado uma moção pedindo o arquivamento total do processo, citando "novas evidências extraordinárias" de erro de conduta judicial e por parte da Promotoria.

Uma audiência sobre a moção pedindo o arquivamento está marcada para 21 de janeiro, mas os advogados de Polanski disseram que o diretor não pretende retornar aos EUA para comparecer à audiência. A Promotoria distrital registrou sua resposta formal na terça-feira, opondo-se ao arquivamento do caso.

Vencedor do Oscar em 2003 pela direção do drama sobre o Holocausto "O Pianista", Polanski fugiu dos EUA em 1978 quando estava prestes a ser condenado, depois de ter se confessado culpado da acusação de ter feito sexo de modo ilegal com uma menor de idade.

Cidadão francês, Polanski não poderá ser extraditado, mas pode ser preso como foragido da Justiça assim que pisar novamente em solo dos Estados Unidos.

Sua tentativa de arquivar o processo se deve a alegações de que o já falecido juiz da Corte Superior do condado de Los Angeles que tratou do processo teria sido incorretamente informado por um vice-promotor distrital, o já aposentado David Wells, antes de proferir a sentença.

Essas alegações chamaram a atenção pública um ano atrás no documentário "Roman Polanski: Wanted and Desired" (Roman Polanski: procurado e desejado), em que Wells falou de seu contato com o juiz.

Nos documentos registrados na segunda-feira, os advogados de defesa do cineasta afirmam que o tribunal demonstrou preconceito contra Polanski quando, em dezembro, seu porta-voz oficial disse ao jornal The Los Angeles Times que Polanski precisa comparecer pessoalmente à audiência deste mês para que seu pedido de arquivamento seja sequer levado em consideração.

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