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O anticonformismo é também característica dos infrarrealistas. Um dos objetivos do movimento era combater os chamados “poetas estatais”.

Infrarrevolucionários completam 40 anos

Fundado pelo escritor chileno Roberto Bolaño em 1975, movimento ideológico-literário tentou subverter o cotidiano

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O poeta Sergio Loya, ao ser convidado a se unir ao movimento, perguntou a Bolaño qual era o objetivo do grupo. O chileno respondeu com um “Partile su madre a Octavio Paz” – expressão de conotação ofensiva que reprime o autor mexicano e que, de acordo com os infras, seria um poeta estatal e estaria em conformidade com a cultura oficial.

No trabalho, Carral descreve um episódio em que o infrarrealista Jesús Luis Benítez, bêbado, interrompe um recital de Paz com expressões como “muita luz, quanta luz, é luz demais”. O caso aconteceu durante o “Encuentro de geraciones”, um grupo de leitura de poesias organizado por Octavio Paz e David Huerta.

A complicada relação do movimento com setores culturais da sociedade mexicana fez com que as publicações fossem mal distribuídas em revistas sem continuidade e de pequena tiragem, como a “Correspon-dencia infra, revista menstrual del movimiento infrarrealista”, de 1977, além de livros que acabaram sendo publicados por editoras marginais.

Em 2014, Rubén Medina organizou a obra “Perros habitados por las voces del desierto: Poesía infrarrealista entre dos siglos”, produzida a partir de poemas de 19 escritores que integravam o movimento.

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