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Música

Idoso e debilitado, Chuck Berry faz show repleto de erros, mas conquista público curitibano

Apresentação desta sexta-feira foi a única da passagem do americano pelo Brasil na turnê que deve ser uma das últimas de sua carreira, que tem mais de 50 anos

Público relevou erros de Chuck, e astro adorou a plateia curitibana | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Público relevou erros de Chuck, e astro adorou a plateia curitibana (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)
Chuck e a filha Ingrid Darlin Berry-Clay, que tocou harmônica em boa parte do show e cantou músicas como

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Chuck e a filha Ingrid Darlin Berry-Clay, que tocou harmônica em boa parte do show e cantou músicas como

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Diversificado público saudou de pé o pai do rock-and-roll |

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Diversificado público saudou de pé o pai do rock-and-roll

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Chuck Berry foi recebido com grande reverência assim que soaram os primeiros acordes de "Roll Over Beethoven", música que abriu o confuso set list de pouco mais de uma hora apresentado nesta sexta-feira (12), a partir das 21h35, para a plateia que lotou o Teatro Positivo.

>>Veja fotos do show

O diversificado público saudou de pé o pai do rock-and-roll com um aplauso caloroso que chegou a encobrir a maçaroca de notas formada pelo desencontro entre a regular banda de Chuck e os acordes aleatórios executados em sua Gibson.

Passado o frenesi do encontro inicial com a lenda, os erros ficaram mais evidentes. Vieram "School Days", "Sweet Little Sixteen", "Carol" e "Nadine". A guitarra de Chuck, embora emitisse uma minoria de sons dentro da harmonia, foi o instrumento mais alto durante todo o show.

A banda tinha de correr atrás: alongava alguns compassos até que Chuck se lembrasse de sua parte; tentava acompanhar riffs por vezes irreconhecíveis que o guitarrista puxava fora do script.

A performance de maior destaque acabou sendo da filha de Chuck, Ingrid Darlin Berry-Clay, que tocou harmônica em boa parte do show e cantou músicas como "Rock Me Baby".

Mas, apesar dos momentos em que ninguém entendia o que estava acontecendo – nem no palco, nem na plateia –, o público se manteve carinhoso e incentivador do início ao fim, aplaudindo quando Chuck – aos 86 anos, com voz, pulmões e audição fracos – acertava a mão.

Bem-humorado, o músico se movimentou no palco, interagiu com o tecladista e o baterista, brincou com a guitarra, fez piadas. "Aposto que vocês conhecem essa", disse, antes de tocar a famosa introdução de "Johnny B Goode". "Alguma coisa está acontecendo aqui em cima. Vou contar para vocês depois", brincou, ao trocar de guitarra com o filho, Charles Edwards Berry Jr., depois de várias tentativas frustradas de se entender com o seu instrumento.

Retribuindo o carinho do público, Chuck faz declarações de amor. "Tenho 87 anos. Faço shows há 52. E esta é a plateia mais agradável para a qual já toquei. Eu amo vocês", disse o músico, que ainda fez uma emocionada (e tocante) promessa: "Eu vou voltar. Vocês estão ouvindo? Eu vou voltar".

O cantor ainda arriscou breves passos de sua célebre duck walk (dança do pato) em meio às 15 garotas convidadas para dançar no palco durante o longo solo que encerrou o show. Incansável, teve de ser avisado de que era hora de parar. Foi levado para fora do palco ainda tocando, pouco mais de uma hora depois do início do show.

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Cultura e Lazer | 3:39

Cantor americano abriu o show com "Roll Over Beethoven" e enfileirou clássicos como "Sweet Little Sixteen" e "Johnny B Goode", conquistando a calorosa plateia do Teatro Positivo mesmo com numerosos deslizes no palco.

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