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“Não é só um baile técnico, [o flamenco] requer emoção. Por isso, a pessoa tem de estar disposta”, diz Miriam Galeano, diretora artística do espetáculo no Guairinha | Divulgação
“Não é só um baile técnico, [o flamenco] requer emoção. Por isso, a pessoa tem de estar disposta”, diz Miriam Galeano, diretora artística do espetáculo no Guairinha| Foto: Divulgação

Dança

10 Anos de Flamenco

Guairinha (R. XV de Novembro, 971 – Centro), (41) 3304-7982. Hoje, às 20 horas. R$ 36 e R$ 18 (meia-entrada).

Há 10 anos, Curitiba ganhava um local específico para que os interessados pelo flamenco pudessem pesquisar e viver o canto e a dança que remetem às origens ciganas, e é associado principalmente à região de Andaluzia, na Espanha.

Hoje, um espetáculo com 43 bailaores, no Guairinha, celebra a primeira década do Instituto Flamenco Brasileiro de Arte e Cultura.

O espetáculo, que tem direção artística da bailaora e coreógrafa Miriam Galeano, é dividido em 13 coreografias, com ritmos que englobam os fandangos de Huelva, guajiras, farruca, tientos, tangos, soleá, seguiryas, sevillanas, alegrias e bulerias. "A gente pensou em resgatar tudo o que foi apresentado nesses últimos 10 anos e que ficou na cabeça das pessoas, e escolhemos ritmos que mais remetem ao cantos de Andaluzia", diz.

Além disso, Miriam também destaca o papel da música no flamenco, sempre executada ao vivo junto com o baile – a direção musical é do guitarrista Jony Gonçalves. Participam do show o cantaor Diego Zarcón, do Rio de Janeiro, o percussionista Luciano Khatib , o flautista Marcelo Oliveira, integrante da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP), e o violonista Carla Zago, integrante das bandas Terra Sonora, Thunder Kelt e Rosa Armorial. "O flamenco com música gravada não é o autêntico", ressalta a coreógrafa.

Fora as aulas regulares de dança, canto e guitarra, os três elementos pilares do ritmo, o Instituto também tem como vocação pesquisar continuamente o ritmo.

"Nosso objetivo é divulgar essa arte no Brasil. Por isso, sempre promovemos workshops com grandes nomes da área", conta Miriam – o mais recente teve como convidado Juan Manuel Fernandez Montoya, o Farruquito, considerado um dos maiores bailaores da nova geração.

Formado por alunos em sua maioria de Curitiba (também há participação de estrangeiros, mas o público é majoritariamente local), Miriam acredita que o flamenco atrai as pessoas pelo autoconhecimento que promove.

"A maioria se sente muito atraída pela força do baile. O Flamenco mexe com várias emoções que a pessoa vai se abrindo para mudar algo nela. Não é só um baile técnico, requer emoção. Por isso, a pessoa tem de estar disposta."

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