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Cena do filme "O Leitor" | Divulgação
Cena do filme "O Leitor"| Foto: Divulgação

Aclamada nos últimos meses por suas atuações em "Foi Apenas Um Sonho" e "O Leitor", Kate Winslet já enfeitou sua estante nesta temporada com dois Globos de Ouro e um prêmio Bafta.

Mas o prêmio mais importante de todos seria um Oscar, e, no próximo domingo, 22 de fevereiro, a atriz de 33 anos vai descobrir se o Oscar de melhor atriz, por seu trabalho em "O Leitor", será dela.

Winslet esteve no Festival de Cinema de Berlim este mês para discutir "O Leitor", baseado num romance de Bernhard Schlink sobre um adolescente que tem um caso com uma mulher muito mais velha, Hanna Schmitz (Winslet). Anos mais tarde, Schmitz é levada a julgamento por seu passado secreto como guarda de prisão nazista, e o garoto, agora estudante de direito, é forçado a confrontar seu próprio passado.

É temporada de premiações, e você tem estado em todas. Como isso vem sendo, e como você se prepara para isso?

Não dá para se preparar. Não existe método. Eu bem que gostaria que houvesse aulas que nos ensinassem a lidar com isso. Eu descobri uma coisa a meu respeito que eu não sabia: sou emotiva demais para perder, e também para ganhar. Isso é uma descoberta grande.

Mas é uma coisa muito importante quando abrem aquele envelope e dizem 'e o prêmio vai para ... Kate Winslet'. De repente você pensa: 'essa sou eu, a garota de Reading, que de repente terminou aqui, nesta sala com todas essas pessoas importantes. O que diabos está acontecendo?' É algo muito surreal, e nada pode prepará-lo para isso, e, francamente, neste momento, eu simplesmente estou muito feliz e vou curtir o momento, porque estes são momentos muito raros para qualquer pessoa curtir, então vou aproveitar ao máximo.

Como você se preparou para o papel de Hanna Schmitz?

Representar Hanna foi complicadíssimo para mim por muitas razões, não apenas por estar representando uma alemã e ter que acertar o sotaque perfeitamente. Também porque eu precisei me transformar consideravelmente, fisicamente, ao longo do filme.

Mas, além disso tudo, simplesmente entrar na pele de uma pessoa tão complexa, que vivera uma vida tão isolada por tantas razões, foi difícil e um trabalho muito solitário em alguns momentos.

Você sentiu responsabilidade ao fazer cenas de amor com um ator tão jovem e inexperiente (David Kross)?

Senti, sim, que era uma responsabilidade, e - espero que eu esteja expressando isso bem - eu senti toda hora que estava feliz por ser eu quem estava ali com David, porque eu compreendia como ele se sentia, já que estive na mesmíssima posição no passado.

Fiz minha primeira cena de amor aos 18 anos, e eu estava apavorada. Ele também tem 18 anos. Eu não estava nervosa por mim, porque já estou acostumada com esse tipo de coisa, além de adorar aquelas cenas, que eram tão importantes para a história. Mas eu sabia que precisava garantir que ele ficasse bem, e, para isso, foi preciso literalmente conversar: 'O que vai acontecer agora é o seguinte, e x pessoas vão estar na sala, é aqui que seu robe vai ficar, e, quando gritarem 'corta', eu vou jogar aquele robe sobre você e então vou pegar o meu."

Como você se sente em relação a levar esse filme a um público alemão?

É realmente emocionante estar na Alemanha outra vez. (O diretor) Stephen Daldry e eu vínhamos falando desta viagem havia tanto tempo...

É realmente emocionante. Também é algo que me deixa nervosa, porque esta é uma obra de literatura alemã muito amada, e esperamos que as pessoas sintam que fizemos jus ao livro, porque foi essa nossa intenção.

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