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Detalhe da capa de “Mein Kampf”, na edição original em alemão. | Diagram Lajard/Wikimedia Commons
Detalhe da capa de “Mein Kampf”, na edição original em alemão.| Foto: Diagram Lajard/Wikimedia Commons

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE) emitiu um despacho nesta sexta-feira (29) em que pede que a Justiça recolha os exemplares do livro “Minha Luta”, manifesto nazista de Hitler, da Livraria Saraiva da Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. A informação foi antecipada nesta tarde pelo jornal “Extra” e confirmada pela reportagem.

Uma busca no site da rede de livrarias, porém, mostra que a Saraiva não tem exemplares físicos da obra – mas apenas uma edição digital portuguesa, da Leya, intitulada “Mein Kampf – A Minha Luta”.

Assinado pelo promotor Alexandre Themístocles Vasconcelos, da 1.ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, o despacho pede ainda a proibição da venda do livro nas livrarias Travessa e Argumento, ambas no Rio de Janeiro.

O promotor pede ainda que os exemplares sejam recolhidos também nas sedes das editoras Centauro e Geração Editorial. Esta planeja para breve uma edição com notas de “Minha Luta”, mas ela está prevista para março. Segundo a editora, os exemplares sequer foram impressos.

O pedido do MPE foi motivado por uma notícia-crime dos advogados Ary Bergher, Raphael Mattos e João Bernardo Kappen. O trio adquiriu um exemplar do e-book no site da Saraiva e fez uma denúncia ao Ministério Público, dizendo que a obra dissemina o racismo.

Desde o dia 1.º de janeiro, o manifesto nazista está em domínio público, o que iniciou um grande debate ético sobre sua publicação. Nesta quinta-feira (28), escritores brasileiros já haviam lançado um boicote às edições brasileiras da obra.

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