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Tag Experiências Literárias, do Rio Grande do Sul,  envia um livro por mês e mais uma revista com conteúdo exclusivo sobre a obra escolhida. | Divulgação
Tag Experiências Literárias, do Rio Grande do Sul, envia um livro por mês e mais uma revista com conteúdo exclusivo sobre a obra escolhida.| Foto: Divulgação

Frente a um desempenho negativo de 5% no primeiro trimestre de 2015, de acordo com o Sindicato Nacional de Livros (Snel), o mercado editorial brasileiro tem observado iniciativas cada vez mais importantes para conquistar novos leitores.

Uma delas é a disseminação de clubes de assinatura de livros, algo semelhante ao “Círculo do Livro – editora que chegou a comercializar obras editadas para mais de 800 mil sócios na década de 1980.

Com algumas similaridades ao empreendimento que agradou os brasileiros anos atrás, os novos projetos carregam características autênticas, como foco em públicos segmentados, por exemplo, porém, com um objetivo em comum: reforçar o inusitado na prática da leitura.

Apaixonados

É o caso da Tag-Experiências Literárias, criada em agosto do ano passado por três administradores gaúchos apaixonados por livros.

O clube, que fechou 2014 com 90 associados, viu seu contingente de assinantes praticamente triplicar de janeiro a março deste ano, chegando a 280 sócios distribuídos em 21 estados do país.

Centrado no público adulto, a Tag envia todos os meses a seus associados uma obra indicada por um intelectual nacional ou internacional.

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Já entraram nessa lista nomes como os filósofos Mario Sergio Cortella e Peter Singer, o poeta colombiano Javier Naranjo, o médico Patch Adams, e outros. Entre os títulos já contemplados estão Duas Narrativas Fantásticas (Fiódor Dostoiévski), Orgulho e Preconceito (Jane Austen), O Intruso (William Faulkner) e Solar (Ian McEwan).

Um dos fundadores do clube, Gustavo Lembert, de 22 anos, explica que a ideia é oferecer ao leitor uma experiência distinta, diferente do que ir até uma livraria ou comprar a obra pela internet. E isso começa com o “suspense” do livro encaixotado.

Ninguém sabe qual é a obra que vai receber naquele mês até abrir a embalagem – que traz ainda uma revista com conteúdo sobre o universo da obra enviada e sobre o curador que a indicou e também um objeto personalizado de acordo com o livro enviado.

“A gente não pensa só na indicação de um livro de qualidade, mas também em surpreender nossos associados, fazer com que eles saiam daquela zona de conforto de ler sempre algo parecido”, argumenta.

Segundo Lambert, apesar de a indicação da obra ser de uma personalidade externa à equipe da Tag, a definição da obra do mês só acontece após um crivo minucioso, que contempla análise de temas, gêneros e o tipo de dedicação que o livro vai exigir.

“Temos alguns critérios, como não escolher livros com linguagem muito específicas. Se a gente falar com um economista, a gente não vai enviar um livro para economista. E procuramos sempre variar de gênero, porque sabemos que nossos associados são muito diferentes entre si”, explica.

Crianças

O mercado infantil, que recebe por ano cerca de três mil títulos, também está na mira dos clubes de assinaturas de livros.

Iniciativas como A Taba, Leiturinha e Booxs começaram a conquistar um público diferenciado, em planos que contemplam diversos interesses, faixas etárias e, principalmente, limitações de pagamentos.

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Um destaque neste caso é A Taba, livraria que optou por investir no mercado dos clubes por entender que essa é uma forma de “orientar” o grande público para escolher obras de qualidade em meio à oferta massiva das grandes livrarias.

A idealizadora do Projeto, Denise Guilherme, conta que foram quase três anos para que o grupo de A Taba pesquisasse, lesse e resenhasse os melhores livros para diferentes tipos de jovens leitores. Tudo isso para ajudar a formar bons leitores.

“Não é por idade, não é se é menino ou menina que vai definir que livro ler. É preciso saber quem é esse leitor e o que ele está procurando. E o critério que nós temos para selecionar os livros que vão para as crianças é a qualidade, com independência editorial”, ressalta Denise Guilherme.

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