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Escritor Valter Hugo Mãe, um dos principais nomes da literatura contemporânea, é o convidado especial da segunda edição do evento | Divulgação
Escritor Valter Hugo Mãe, um dos principais nomes da literatura contemporânea, é o convidado especial da segunda edição do evento| Foto: Divulgação

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Litercultura

Entre maio e novembro. Palestra com o escritor Valter Hugo Mãe dia 7 de agosto, às 19h30, na Capela Santa Maria (R. Conselheiro Laurindo, 273. Centro).

"Estreia"

A Desumanização, novo livro de Hugo Mãe, se passa na Islândia

Nascido em Angola, em 1971, Valter Hugo Mãe – que passou a adotar as maiúsculas em seu nome desde 2012 – é um dos mais importantes escritores contemporâneos de língua portuguesa. É autor de seis romances, além de diversos livros de poesia e infantis. Em 2007 venceu o prêmio José Saramago com o livro o remorso de baltazar serapião (Editora 34).

Em 2012 venceu o Grande Prêmio Portugal Telecom de melhor livro do ano com a máquina de fazer espanhóis (Cosac Naify). Na palestra que fará no Litercultura, no dia 7 de agosto, irá falar de sua obra mais recente, o elogiado romance A Desumanização (Cosac Naify). Ambientado na Islândia, o livro narra a história de uma menina assombrada pela morte da irmã. O autor já participou de outros festivais literários no Brasil, como a Fliporto em 2013, em Pernambuco, e a Flip, em Paraty, no Rio de Janeiro, em 2011. Além de escritor, Hugo Mãe também é editor, artista plástico, apresentador de televisão e vocalista da banda portuguesa Governo.

  • Presenças confirmadas: o jornalista Eric Nepomuceno (à esqu.) estará no Litercultura em novembro; o chileno Antonio Skármeta (centro) é outro nome garantido no festival, e o romancista argentino Ricardo Piglia fará sua palestra em outubro

A segunda edição do festival literário Litercultura será desdobrada em quatro eventos entre os meses de maio e novembro deste ano e terá como destaque uma palestra do escritor angolano Valter Hugo Mãe – autor do premiado a máquina de fazer espanhóis –, no dia 7 de agosto, na Capela Santa Maria, em Curitiba.

A edição 2014 vai começar em maio, em data ainda não definida, com uma reunião de escritores em torno dos temas futebol, cultura e literatura. O evento faz parte do calendário oficial da cidade para a Copa do Mundo e será realizado em parceria com a prefeitura municipal e Fundação Cultural de Curitiba.

Em uma data a confirmar, provavelmente no mês de outubro, o escritor argentino Ricardo Piglia também dará uma palestra. Finalmente, entre os dias 20 e 23 de novembro, ocorre a programação principal do festival, com oficinas, rodas de leitura, apresentações, shows e recitais. Desta vez, a sede do festival será o Clube Concórdia.

Para esta fase do Liter-cu­ltura já estão confirmadas as presenças dos escritores portugueses Almeida Faria e Paulo José Miranda; do brasileiro Eric Nepomuceno; do venezeluano Fernando Baez e do chileno Antonio Skármeta, entre outros nomes.

Segundo a diretora geral do Litercultura, Manoela Leão, a edição 2014 foi "formatada em capítulos, como um livro" para que o festival permaneça fazendo parte do cotidiano literário da cidade. "Vamos ampliar a duração do Litercultura para o ano todo, ganhamos um dia no evento principal e vamos manter os concursos de literatura e fotografia e tudo o que aconteceu de bom na primeira edição", conta.

Para o curador Mário Hélio Gomes, o diferencial do Litercultura é que o festival não se limita a ser uma "festa ou feira literária". "É um festival com ênfase na leitura. Não é uma festa de caráter ligeiro, que se empenha em ser principalmente um encontro de autores que falam sobre sua experiência de escrita, e discutem temas pertinentes à literatura e à realidade", explica. "Também não é uma feira que tem principalmente o objetivo de vender livros. O festival inclui essas duas coisas, mas é mais abrangente, não só porque faz a literatura conectar-se a várias outras linguagens – vai muito além do especialista, da tribo da literatura", acresce.

No mapa

A primeira edição do Litercultura, ano passado, aconteceu entre 16 e 18 de agosto com a ideia de colocar a cidade no circuito dos principais eventos de literatura do país. Foram três dias de palestras, oficinas literárias e shows de música no Palácio Garibaldi, no bairro São Francisco.

Destaques da programação foram a palestra e a oficina literária do romancista angolano Gonçalo M. Tavares. Outros nomes como Alberto Manguel, Ana Maria Machado e Silio Bocanera, também fizeram parte da escalação.

Antes, em abril, o escritor sul-africano J. M. Coetzee, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, fez uma palestra que serviu como "prólogo" do festival. O Litercultura também promoveu um concurso literário, chamado Novos Autores Curitibanos. O resultado foi um livro com sessenta textos, entre crônicas, contos e poesia.

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